23 de novembro de 2024
Notícias do Estado

CPI da Enel define Henrique Arantes (PTB) para a presidência

Os membros titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito instalada para investigar a venda da Celg para a companhia italiana Enel e apurar os termos contratuais da privatização elegeram para o cargo de presidente o deputado Henrique Arantes (PTB), que terá Diego Sorgatto (PSDB) como vice-presidente. A relatoria recaiu nas mãos de Cairo Salim (PROS) – o deputado Alysson Lima (PRB) havia se candidatado para o cargo anteriormente.

A primeira reunião de trabalho foi realizada na tarde dessa terça-feira, 12, no auditório Solon Amaral. Os deputados aprovaram os primeiros requerimentos, dos quais se destacam a convocação dos ex-governadores tucanos Marconi Perillo e José Eliton de Figuerêdo Júnior; e os termos de investimento que a Enel ficou comprometida a realizar após a aquisição da Celg.

“Os deputados aprovaram requerimentos para que sejam apresentados os contratos de compra e venda da Celg para a Enel e os termos de investimento a que a Enel ficou contratualmente obrigada, especificadas por local, data, valores e o que foi efetivamente feito. Também foram decididas a convocação dos ex-governadores Marconi Perillo e José Eliton, mas ainda sem data definida para ouvi-los”, afirmou Henrique Arantes.

Presidente da CPI da Enel, o petebista disse que a segunda reunião de trabalho ficou agendada para às 16h30 desta quinta-feira, 14. De acordo com Henrique Arantes, todas as sessões serão transmitidas pela TV Assembleia para que a população possa participar com sugestão e oferecer informações para o trabalho dos deputados.

APURAÇÃO

A CPI da Enel foi instalada a partir de propositura do deputado Henrique Arantes, realizada no primeiro dia da atual legislatura. O objetivo, segundo o requerimento, é apurar os termos contratuais da privatização, bem como os termos de investimento da empresa para o ano de 2018 e anos subsequentes.

Henrique Arantes argumentou que a CPI investigará, inicialmente, o termo de privatização da Enel, especialmente o compromisso da empresa em investir R$ 1 bilhão por ano. “Temos documentos em que a Enel afirma que investiu só R$ 800 milhões no ano passado. Vamos fazer a devida investigação e, caso se comprove que a companhia é devedora, vamos cobrar dela multa e, sobretudo, respeito com a população goiana”.

Segundo o parlamentar, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirma que a Enel de Goiás é, atualmente, a pior empresa fornecedora de energia do Brasil. Além de reclamações de serviço de baixa qualidade, a Enel também teve o maior reajuste no preço do kilowatt em todo o Brasil. Enquanto a média de reajuste no País foi de 10%, na capital goiana, os preços subiram mais de 30%.

Atendendo requerimento do deputado Alysson Lima (PRB), também feito dia 19, será investigada ainda a venda da Companhia Energética de Goiás (Celg) para a italiana Enel, bem como todo o processo da privatização em questão. Ambos os requerimentos foram unificados numa única CPI.


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