Pelo menos 40 requerimentos, entre convocações, convites e pedidos de cópias de documentos foram aprovados em bloco na reunião desta terça-feira (29) da CPMI que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. Serão convocados a prestar informações, entre outros, a ex-mulher de Cachoeira, Andréa Aprígio; o suplente do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Wilder Morais, secretário de infraestrutura do governo de Goiás e os responsáveis pelas filiais da Delta Construtora em Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
Os novos convocados pela CPI, na condição de testemunhas, são uma alternativa para os parlamentares tentarem enfrentar o problema que vem se repetindo desde o depoimento de Carlinhos Cachoeira, que se recusou a falar aos integrantes da CPI para não produzir provas contra si mesmo. Outros depoentes seguiram seu exemplo.
– As pessoas que estão presas ou indiciadas vêm e usam o direito constitucional de não falar. Nós precisamos ter alternativas a essa prerrogativa constitucional – argumentou o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), após a reunião.
Entre os requerimentos aprovados, estão também a convocação do ex-diretor da Delta Construções para a região Sudeste, Heraldo Puccini Neto; a convocação do vereador de Goiânia Elias Vaz (PSOL); a requisição de documentações da Vitapan Indústria Farmacêutica, empresa de Cachoeira que passou para a administração de sua ex-mulher, Andrea Aprígio; e requerimento para que todos os tribunais de contas enviem as informações disponíveis, inclusive eventuais relatórios de auditorias e demais procedimentos instaurados, concluídos ou não, relacionados a 27 empresas ligadas a Cachoeira, como a Aprígio Construtora e Incorporadora e a Alberto e Pantoja Construções e Transporte.
Além disso, será pedida à Polícia Federal a transcrição de todos os diálogos que envolvam pessoas com prerrogativa de foro, captados pela operações Vegas e Monte Carlo. A CPI também solicitará ao juiz da 11ª Vara da Justiça Federal em Goiânia para que, nos autos da Operação Monte Carlo, determine o sequestro e bloqueio de todos os bens móveis e imóveis de propriedade de Cachoeira, ainda que em poder de terceiros.
A comissão também pediu cópias do depoimento que será prestado por Cachoeira nos dias 31 de maio e 1º de junho e do depoimento prestado por Idalberto Matias de Araújo à Força Aérea Brasileira. (Agência Senado)
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