17 de dezembro de 2024
Destaque 2 • atualizado em 20/10/2020 às 19:57

Covid-19: “Se Deus quiser, não seremos atingidos pela segunda onda”, pontua Caiado ao falar sobre vacina desenvolvida pelo Butantã

Caiado comemora anúncio do Ministério da Saúde
Caiado comemora anúncio do Ministério da Saúde

O dia é histórico. “A melhor notícia do ano”. “É algo que abre uma enorme expecativa, um novo caminho e novo olhar”. Foi dessa forma que o governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) definiu esta terça-feira (20/10) após a informação divulgada que o Ministério da Saúde iria comprar 46 milhões da vacina de imunização contra o coronavírus que está sendo testada em São Paulo. “Eu enxergo como sendo uma data ímpar para nós” pontuou em coletiva com os jornalistas.

Pouco antes de Caiado falar com jornalistas, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciava que o governo federal assinou protocolo de intenções com a farmacêutica chinesa Sinovac que está sendo testada e desenvolvida em São Paulo em parceria com o Instituto Butantan. 

Plano Nacional de Imunização 

Segundo o ministério, o processo de aquisição ocorrerá após o imunizante ser aprovado e obter o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após isso, Caiado destacou que Pazuello garantiu um plano nacional de imunização coordenado pelo Ministério da Saúde e por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). “Esse plano de imunização será coordenado pelo Ministério da Saúde e SUS. Não será nenhum Estado que fará em detrimento do outro. O Ministério da Saúde fará o levantamento daquilo que se caracteriza faixa de risco e serão os primeiros a serem atingidos nos 27 estados e com isso acalma a população que imaginava que alguns estados pudessem estar à frente de outros, o que quebraria a regra do SUS e ao mesmo tempo de uma política vacinal no país”, ressaltou.

Caiado aproveitou para enfatizar que como tudo será feito pelo SUS nenhum estado ficará sem a imunização por meio da vacina. “As vacinas serão 100% adquiridas pelo Ministério da Saúde que além da vacina distribuirá também as seringas, agulhas e nós faremos toda uma orientação junto às equipes que nós temos para que esses grupos de risco possam ser atendidos e vacinados. Não terá nenhum estado que terá a propriedade da vacina nem à aquisição da vacina”, pontuou.

Expectativa de imunização quase total até o fim de 2021: “Se Deus quiser, não seremos atingidos pela segunda onda” 

Caiado ressalta que não dará para imunizar todos os aproximadamente 210 milhões de brasileiros de pronto. Mas segundo o governador, o Instituto Butantan já garantiu 100 milhões de vacinas até o mês de junho de 2021. A FioCruz um número próximo “até o final do ano [2021]”. “Você já tem de produção nacional até o fim de 2021, 210 milhões de dose”, pondera. 

Antes, o Brasil já havia firmado contrato com a AstraZeneca, responsável pela vacina de Oxford, para 100 milhões de doses, além da iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde, que prevê mais 40 milhões de doses de imunizantes contra a covid-19. Somadas, as três vacinas – AstraZeneca, Covax e Butantan-Sinovac – representam 186 milhões de doses, a serem disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021. É um marco que tranquiliza à população.

À função dos governadores, segundo Caiado, será junto com suas secretarias de saúde trabalhar nas campanhas informativas para elucidar dúvidas, baseadas nos critérios que o Ministério da Saúde fornecerá. “Como governadores, temos que orientar à população e dizer que não há o porque ir correndo ao posto de saúde. O Ministério da Saúde vai pré-definir quais os que vão tomar a vacina”, pontua. 

O democrata atenta que num primeiro momento, as pessoas no grupo dentro de grupos de risco, isto é, idosos e comorbidades terão prioridade na fila para a vacina. Isso diminuirá muito o risco de inclusive, chegarmos a uma segunda onda. “Se Deus quiser, não seremos atingidos pela segunda onda que hoje já atinge muitos países da Europa”, comemorou.


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