Cotado para o comando do Ministério da Justiça, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Velloso teve um encontro reservado nesta terça-feira (14) com o presidente Michel Temer.
O magistrado foi levado ao Palácio do Planalto pelo presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, entusiasta da indicação do nome do ex-ministro da Suprema Corte.
Segundo a reportagem apurou, o encontro teve como objetivo aproximar Temer de Velloso para uma eventual nomeação para o cargo, que ficou vago com a indicação de Alexandre de Moraes para o STF.
O nome de Velloso ganhou força para o cargo após a revelação de que o deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) criticou no passado o Ministério Público.
O encontro entre Velloso e Temer foi costurado no final de semana, em almoço entre o presidente e tucanos. Na reunião, segundo relatos, Temer afirmou que Pacheco, defendido pela bancada peemedebista, não tem força jurídica para a função.
O presidente também considerou que Velloso, por ser mineiro, poderia ser uma opção para agradar a bancada do PMDB de Minas Gerais, que reivindica espaço na Esplanada dos Ministérios.
Para evitar um novo desgaste de imagem, o presidente definiu que não indicará ao Ministério da Justiça um nome que tenha feito qualquer crítica à Operação Lava Jato ou à atuação do Ministério Público.
Em conversas reservadas, o peemedebista afirmou que “não pode errar” na escolha do novo ministro e avalia pedir um pente-fino ao setor de inteligência do governo federal sobre o histórico dos cotados para evitar surpresas na indicação.
Além Velloso, os principais cotados para a função são o professor da USP (Universidade de São Paulo) Paulo Henrique Lucon e o ex-ministro da corte Cezar Peluso. (Folhapress)
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