O corretor de imóveis Kesley Dias dos Santos foi preso em flagrante por agentes da 4ª Delegacia Distrital da Polícia Civil (PC-GO) suspeito de ter lesado ao menos quatro pessoas com contratos de compra e venda contendo dados e assinaturas que seriam falsos. A PC-GO acredita em mais vítimas e por isso divulgou nesta sexta-feira (30) a imagem do corretor que foi preso na quinta (29).
O preso é suspeito de “estelionato (art. 171 do Código Penal), no contexto de fraude patrimonial no mercado imobiliário”, conforme divulgou a PC-GO.
Ele é registrado no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-GO) e tem cadastro ativo conforme o portal do órgão federal. Na tarde desta sexta o Conselho estava com representantes na Delegacia para apurar as circunstâncias do caso e, procurado, não se manifestou até a publicação desta notícia.
As investigações apontam que o suspeito já havia lesado ao menos quatro vítimas, que denunciaram o golpe em ocorrências policiais registradas em diferentes delegacias da capital.
“Em todos os casos, foi relatada a celebração de contratos de compra e venda com indícios de falsificação de dados e assinaturas, bem como o repasse de valores significativos a título de entrada ou corretagem, mesmo sem a existência de instrumentos contratuais válidos”, informou a PC-GO.
Compradores e construtoras foram lesados por corretor de imóveis preso em flagrante
Os agentes apuraram que o golpe era estruturado com base na manipulação de contratos, de dados e até de assinaturas. Com isso, o suspeito estaria enganando simultaneamente os adquirentes e a construtora vinculada aos empreendimentos, apontou a investigação da PC-GO.
A estratégia para ludibriar as vítimas era dar uma aparência de legalidade para obter vantagem indevida da relação de compra e venda.
Pagamento antecipado
Conforme a PC-GO, a prisão em flagrante foi possível porque uma das vítimas ainda estava na fase final de formalização do contrato, tendo inclusive efetuado o pagamento antecipado de valores. “Paralelamente, apurou-se que outra vítima estava prestes a visitar um dos imóveis, com o objetivo de firmar novo contrato”.
A polícia formalizou representações por medidas cautelares pessoais, patrimoniais e probatórias complementares contra o corretor de imóveis que foi preso. Além disso, as investigações seguem para identificar possíveis coautores e outras vítimas ainda não registradas.
A PCGO orienta a população a sempre verificar a autenticidade de contratos, a situação registral dos imóveis e a regularidade dos profissionais envolvidos em transações, especialmente em propostas com condições extraordinárias de negociação.
“A divulgação da imagem do preso foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme Despacho do(a) Delegado(a) de Polícia responsável pelo inquérito policial, de modo que a publicação de sua imagem possa auxiliar no surgimento de novas vítimas”, apontou a corporação.
Não foram informados ainda os montantes arrecadados pelo corretor nos golpes que teria aplicado.
A reportagem não localizou a defesa do suspeito. O espaço permanece aberto para a manifestação dela e do Creci.
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