10 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 10:02

Corregedoria investiga ação da PM que deixou refém e ladrão mortos em GO

Tiroteio ocorreu em uma área movimentada de Senador Canedo (Foto: Reprodução You Tube)
Tiroteio ocorreu em uma área movimentada de Senador Canedo (Foto: Reprodução You Tube)

A Corregedoria da Polícia Militar de Goiás instaurou um inquérito para investigar a conduta de quatro policiais durante uma perseguição que deixou ladrão e vítima mortos, em Senador Canedo, região metropolitana de Goiânia. A cena do crime foi adulterada, segundo a Polícia Civil.

No interior do carro, estavam o auxiliar de produção Tiago Ribeiro Messias, 31, e o adolescente infrator, que morreram no local. Imagens de câmeras de sistemas de vigilância mostram um dos policiais entrando no carro e disparando seis tiros no para-brisa, de dentro para fora, na principal avenida da cidade, no último sábado (25). No vidro do carro havia ao menos 18 marcas de tiros.

O delegado Matheus Noleto, titular do GIH (Grupo de Investigações de Homicídios) de Senador Canedo, disse, com base nas imagens, que não descarta a prática de fraude processual dos policiais envolvidos na ação. “A questão é verificar se houve de fato o confronto, e se os policiais militares agiram por legítima defesa”, falou o delegado.

Os quatro policiais foram afastados das ruas e só podem fazer trabalhos administrativos até o fim das investigações. Nesta terça (28), o comandante geral da Polícia Militar, o coronel Divino Alves, criticou a ação dos policiais e disse em entrevista à TV Globo que o policial errou e “não há dúvida alguma em relação a isso”.

O coronel confirmou a instauração de um inquérito policial militar e ressaltou que o fato será apurado de “maneira rígida”.

O secretário da SSPAP (Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária), Ricardo Balestreri, falou que o episódio envolvendo a morte de um refém e de um suspeito aconteceu “à revelia do que é a nossa orientação e o nosso processo formativo junto às forças policiais”.

Balestreri disse que “a vida de um inocente é insubstituível” e que a conduta dos policiais foi “fora dos processos operacionais padrão da corporação”.

(FOLHA PRESS)

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