A implantação do corredor exclusivo para ônibus da Avenida T-63 tem gerado polêmica, protestos e um debate, do meu ponto de vista, superficial e de certa forma, individualista. Desde o último dia 3, a Secretaria de Trânsito da Capital vai aplicar multas aos motoristas que estacionarem no corredor destinado ao transporte coletivo. Comerciantes reclamam da falta de estacionamento, alguns falam em abaixar as portas.
Por outro lado, após a implantação houve melhoria na fluidez e ganho real de velocidade no transporte coletivo, 26% pela manhã e 14 % no período da tarde. Mas, quem se importa com esse benefício, não é mesmo? Quem se importa com os passageiros, trabalhadores que precisam utilizar ônibus? O importante é debater estacionamento e os benefícios para quem possui carro próprio. Passageiro não consome, não compra.
Desde muito tempo o trânsito de Goiânia tem se tornado caótico, ao realizar certas intervenções a prefeitura é até parabenizada, mas, desde que a mudança seja benéfica para tal grupo ou região. Ora, vamos pensar nos trabalhadores que usam o transporte coletivo todos os dias. Perguntaram para milhares de pessoas que necessitam desse meio? Aos motoristas? Ou apenas reduziram a visão dos comerciantes da região? Caros amigos, se para quem está dentro do carro próprio já é difícil imagina pra quem enfrenta ônibus lotados todos os dias para trabalhar e estudar. Imagine.
Não vamos restringir o debate apenas a visão de um grupo. A intervenção beneficiou milhares de trabalhadores, e sim, deve ser mantida. O interesse público deve estar acima de uma minoria.
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