08 de setembro de 2024
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Butantan reage a possibilidade da CoronaVac ficar fora do Plano de Imunização em 2022

Instituto Butantan reage após ameaça do Ministério da Saúde deixar de fora a Coronavac do Plano Nacional de Imunização em 2022 (Foto: Governo de Goiás)
Instituto Butantan reage após ameaça do Ministério da Saúde deixar de fora a Coronavac do Plano Nacional de Imunização em 2022 (Foto: Governo de Goiás)

Com a possibilidade do Ministério da Saúde descartar o uso da CoronaVac para o Plano Nacional de Imunização em 2022, o Instituto Butantan reagiu à ameaça da pasta. Por meio de nota, nesta quinta-feira (08/10), lamentou as informações ‘equivocadas’ em torno do imunizante e mencionou levantamentos que mostram a efetividade da vacina.

À CPI da Covid, o Ministério da Saúde justificou que a falta do registro definitivo para o imunizante é o que mais pegou para a decisão. “A razão sobre a possível descontinuidade da vacina Coronavac no ano de 2022 está diretamente relacionada com condição de sua avaliação pela Anvisa”, pontuou a pasta.

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“Até o presente momento a autorização (da CoronaVac) é temporária de uso emergencial, que foi concedida para minimizar, da forma mais rápida possível, os impactos da doença no território nacional”, complementou o Ministério da Saúde. Além da CoronaVac, a Janssen também possui registro emergencial. As vacinas Pfizer e da Astrazeneca possuem avaliação definitiva.

O Instituto alega já ter enviado todos os estudos exigidos pela Anvisa para obter o registro definitivo. “Apesar de validados, a agência novamente pediu mudanças nos métodos analíticos”, ressalta o Butantan. “Com o objetivo de sanar a questão, o Butantan fechou um acordo com a Sinovac para que as análises complementares de imunogenicidade sejam realizadas em parceria com o laboratório. As amostras estão em trâmites legais para envio e análise no padrão requerido pela Anvisa”, destaca.

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Veja a nota completa:

O Instituto Butantan esclarece que a CoronaVac tem sua efetividade comprovada em pessoas acima de 80 anos em estudos que estão sendo divulgados frequentemente em publicações de relevância internacional. A informação é equivocada, já que todas as pessoas idosas têm resposta imune inferior a outras faixas etárias, o que ocorre com todos os imunizantes. 

Uma pesquisa realizada com 60,5 milhões de brasileiros vacinados entre janeiro e junho de 2021 mostrou que a CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac, tem uma efetividade superior a 70% para evitar casos graves, internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e mortes causadas por Covid-19, inclusive entre idosos. 

Do total de pessoas avaliadas que haviam completado o esquema vacinal com CoronaVac (ou seja, tomado as duas doses), 72,6% apresentaram menor risco de hospitalização, 74,2% menor risco de admissão em UTI e 74% menor risco de morte. Em relação às pessoas entre 60 e 89 anos, a efetividade da vacina foi ainda melhor: 84,2% contra hospitalizações, 80,8% contra internações em UTI e 76,5% contra mortes. 

O Butantan já enviou o estudo com parte dos dados de imunogenicidade da CoronaVac requisitados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a vacina receba autorização de uso definitivo. Apesar de validados, a agência novamente pediu mudanças nos métodos analíticos. Com o objetivo de sanar a questão, o Butantan fechou um acordo com a Sinovac para que as análises complementares de imunogenicidade sejam realizadas em parceria com o laboratório. As amostras estão em trâmites legais para envio e análise no padrão requerido pela Anvisa.


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