O coronel Carlos César Macário e os policiais militares Márcio Ferreira Leite, Weber Soares Chagas, José Francisco Ferreira Lopes, Rodrigo Euzebio Pereira e Reginaldo Felisbino Rosa foram inocentados da Operação Sexto Mandamento, que investigava militares suspeitos de envolvimento com crimes.
Em junho de 2014, os seis Policiais Militares do Estado de Goiás (PM-GO) foram acionados pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) por improbidade administrativa referente ao homicídio de um jovem morador da cidade de Acreúna.
De acordo com a juíza Vivian Martins Melo Dutra, os policiais foram inocentados “em razão da presença da excludente de antijuricidade consistente no estrito cumprimento do dever legal, prevista no artigo 23, inciso III, do Código Penal”.
Ao Diário de Goiás o coronel Macário disse que está satisfeito com a decisão. “Estou satisfeito. Graças a Deus. Mas estou esperando meu advogado chegar para ele pegar o documento. Preciso me inteirar dos fatos”.
Como o coronel ainda não estava inteirado da decisão da juíza Vivian Martins Melo Dutra, de Acreúna, ele não quis estender a entrevista. O PM informou que vai esperar o advogado chegar de viagem para pegar as informações e repassar ao coronel.
No entanto, o coronel ainda disse ao Diário de Goiás que ficou preso durante quatro meses em um presídio de segurança máxima no Mato Grosso e três meses em Goiânia. Hoje Macário está aposentado.
Para o deputado estadual Major Araújo, a sentença da juíza da era esperada, uma vez que não havia provas para a condenação dos policiais. “Não era de se esperar outro resultado. Quem examinou os autos, acompanhou todo esse processo, como eu acompanhei, vê que não há elementos que levem à condenação dos acusados”, afirmou.
Ainda ao Diário de Goiás, o deputado disse que a imagem dos PMs ficará sempre manchada e que quem mais perdeu com toda essa situação foi a sociedade. “Enquanto esses policiais, que presenciaram tudo isso, estiverem atuando, ele não vão ter o mesmo empenho e atuação em casos em que houver confronto, em virtude do receio de serem transferidos para presídio de segurança máxima. Eles [os inocentados] vão carregar essa marca para o resto da vida. A imagem da Polícia também fica prejudicada”, ressaltou.
Leia mais sobre: Cidades