O Exército indiciou três dos quatro coronéis acusados de serem os autores da “Carta ao comandante do Exército de oficiais superiores da ativa do Exército Brasileiro”. A carta era dirigida ao comandante da corporação em 2022, General Marco Antônio Freire Gomes, e clamava por organizar as tropas para um golpe de Estado que impedisse a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Foram indiciados os coronéis Anderson Lima de Moura, Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo. Um quarto coronel, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, da ativa, teve a investigação interrompida por conta de uma liminar da Justiça.
Na época, Freire Gomes explicou que tomou conhecimento sobre a carta, publicada em 28 de novembro de 2022, por meio do próprio Centro de Comunicação do Exército.
O inquérito concluiu que “houve indícios de crime militar” por parte dos três integrantes da força, sendo um da ativa e dois da reserva.
A corporação investigou 46 militares que assinaram a carta. Em determinado momento, a investigação apontou que militares tramaram o golpe usando uma ferramenta de comunicação do próprio Exército, revelou na época o portal Metrópoles.
Agora, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Militar, que deve decidir se oferece denúncia contra os oficiais.
A carta foi considerada pelo então comandante da Força Terrestre, general Freire Gomes, como uma pressão para que ele aderisse à tentativa de golpe de Estado.
O manifesto foi encontrado no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante investigações da Polícia Federal.