10 de dezembro de 2024
CARTA GOLPISTA

Coronéis do Exército são indiciados por pressionar por golpe militar em 2022

Agora inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Militar, que deve decidir se oferece denúncia contra os oficiais
Carta foi dirigida ao General Freire Gomes que determinou apuração que levou ao indiciamento - Foto? 1º Sgto Sionir / Exército Brasileiro
Carta foi dirigida ao General Freire Gomes que determinou apuração que levou ao indiciamento - Foto? 1º Sgto Sionir / Exército Brasileiro

O Exército indiciou três dos quatro coronéis acusados de serem os autores da “Carta ao comandante do Exército de oficiais superiores da ativa do Exército Brasileiro”. A carta era dirigida ao comandante da corporação em 2022, General Marco Antônio Freire Gomes, e clamava por organizar as tropas para um golpe de Estado que impedisse a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Foram indiciados os coronéis Anderson Lima de Moura, Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo. Um quarto coronel, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, da ativa, teve a investigação interrompida por conta de uma liminar da Justiça.

Na época, Freire Gomes explicou que tomou conhecimento sobre a carta, publicada em 28 de novembro de 2022, por meio do próprio Centro de Comunicação do Exército.

Exército indiciou coronéis por carta golpista

O inquérito concluiu que “houve indícios de crime militar” por parte dos três integrantes da força, sendo um da ativa e dois da reserva.

A corporação investigou 46 militares que assinaram a carta. Em determinado momento, a investigação apontou que militares tramaram o golpe usando uma ferramenta de comunicação do próprio Exército, revelou na época o portal Metrópoles.

Agora, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Militar, que deve decidir se oferece denúncia contra os oficiais.

A carta foi considerada pelo então comandante da Força Terrestre, general Freire Gomes, como uma pressão para que ele aderisse à tentativa de golpe de Estado.

O manifesto foi encontrado no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante investigações da Polícia Federal.


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