DASSLER MARQUES
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O cartão vermelho por agressão em derrota por 2 a 1 para Independiente-ARG não deve trazer problemas internos ou punições para Emerson no Corinthians, mas preocupa o clube pela possibilidade de uma suspensão mais dura para o atacante.
De acordo com João Zanforlin, advogado corintiano, a súmula do árbitro peruano Victor Carrillo será decisiva. O novo regulamento disciplinar da Conmebol para 2018 prevê punições para situações como a de Emerson.
Além de uma multa mínima de US$ 1,5 mil (R$ 5,3 mil), a ser paga pelo Corinthians pelo vermelho direto e prevista em regulamento, Emerson pode receber gancho de um jogo extra para o caso de ter sua atitude classificada como “conduta antidesportiva” ou suspensão mínima de dois jogos extras por conduta violenta ou agressão. Ainda é citada no regulamento a possibilidade de uma pena mais dura, superior a cinco jogos, caso seja considerado algo grave.
“Precisamos ver a súmula, porque o novo código de disciplina é mais rigoroso que do ano passado. Precisamos ver se o árbitro vai classificar como agressão ou disputa de bola. Se o árbitro escrever que foi uma agressão, agrava a situação. Se não escrever, temos outros caminhos”, explicou Zanforlin.
O histórico recente da competição mostra que casos como o de Emerson dificilmente passam em branco. Na Pré-Libertadores, por exemplo, o vascaíno Thiago Galhardo recebeu dois jogos de suspensão por atirar a bola em um adversário.
Internamente, são pequenas as chances de Emerson receber algum tipo de punição. O presidente Andrés Sanchez e o gerente de futebol Alessandro Nunes avaliam que o atacante cometeu um erro, mas agiu no calor da emoção e foi assertivo ao se desculpar, rapidamente, em mensagem no Instagram. O treinador Fábio Carille, depois de ver o lance com calma, deve decidir sobre o que fazer no episódio.
A situação é bastante parecida à que viveu Emerson na Libertadores 2015. Expulso no último jogo da fase de grupos por um lance fora de jogo com o são-paulino Tolói, ele foi punido pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol e não atuou nos jogos contra o Guarani-PAR, pelas oitavas de final. O Corinthians, sem ele em campo, acabaria eliminado na ocasião.
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