O governo brasileiro teria pedido oficialmente à Câmara Municipal de Porto, cidade de Portugal, para que o coração de D. Pedro I seja enviado ao Brasil para a comemoração de 200 anos da independência do país, em 7 de setembro. O órgão está preservado em formol na Igreja da Lapa há 185 anos e sua última aparição pública do órgão aconteceu durante a gravação de um documentário em 2015 chamado “O Sentido da Vida”.
Apesar do requerimento para o ato simbólico, que não foi confirmado oficialmente, mas comentado pelo embaixador brasileiro em Portugal, George Prata, muitos portugueses não gostaram da ideia e se mostraram contrários à ação em publicações feitas na internet. Em uma postagem sobre o assunto no Instagram do veículo português ‘Jornal de Notícias’, a seguidora Tânia Seabra escreveu: “O desejo era que o coração ficasse em Porto, nem as vontades dos que já se foram respeitam mais”.
Outro seguidor disse: “Há coisas que não se deve mexer, se está a 180 anos aí e correu bem, deixe estar”. E a seguidora Joana Evangelista disse: “Não concordo com isso, o coração dele de ficar na cidade de Porto, é algo que não deve andar a passear! É um coração verdadeiro, não é um quadro, ou uma estátua! É a parte e um corpo humano, e é a última vontade de um dos nossos reis! Haja respeito por isso!”.
Apesar do coração estar em Porto, o corpo do antigo chefe do poder brasileiro está no Parque da Independência, em São Paulo. O motivo para a separação, como mostra ser de conhecimento dos internautas que criticaram a medida, foi um pedido do próprio Pedro, expressado em seu testamento.
Independência ou morte
Dom Pedro I foi o responsável por, em teoria histórica, bradar a famosa frase “Independência ou morte” às margens do Rio Ipiranga em 7 de setembro de 1822, declarando o Brasil como uma nação independente de Portugal.
Além disso, Pedro I foi o primeiro Imperador do Brasil de 1822 até sua abdicação em 1831, e também Rei de Portugal e Algarves como Pedro IV entre março e maio de 1826. Ele foi apelidado de “o Libertador” e “o Rei Soldado” por protagonizar diversas revoluções que marcaram a história do país.
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