08 de agosto de 2024
Banco Central

Copom reduz taxa Selic em 0,5%, mas Brasil continua com o maior juros reais do mundo

Taxa Selic são os juros básicos da economia
O anúncio do Copom ocorreu no final da tarde desta quarta-feira (2). (Foto: reprodução)
O anúncio do Copom ocorreu no final da tarde desta quarta-feira (2). (Foto: reprodução)

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), de reduzir a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, motivou os bancos públicos a se apressarem em anunciar taxas menores no empréstimo consignado. O anúncio do Copom ocorreu no final da tarde desta quarta-feira (2). Pouco depois, Caixa Econômica e Banco do Brasil divulgaram comunicados.

A Caixa divulgou a redução de 1,74% para a partir de 1,70% ao mês nas taxas de juros do Crédito Consignado para beneficiários e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Banco do Brasil, por sua vez, reduziu taxas nas linhas de crédito consignado e automático, entre outros. A exemplo da Caixa, o BB reduziu os juros do consignado do INSS. Nesse caso, taxa caiu de 1,81% ao mês para 1,77% ao mês, na faixa mínima, e de 1,95% ao mês para 1,89% ao mês no patamar máximo.

Em sua decisão, o Copom indicou que a Selic continuará a cair, amparada pela redução da inflação. Segundo comunicado do comitê, seus membros preveem cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. A redução anunciada hoje foi a primeira após três anos.

A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic havia sido em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Apesar da notícia, que é boa, o Brasil infelizmente é líder mundial de juros reais, segundo levantamento compilado pelo MoneYou. Descontada a inflação esperada para os próximos 12 meses no Brasil – acima de 4%, segundo relatório Focus, do BC – os juros reais ficaram em 6,68%. A taxa é suficiente para manter o país no topo da lista, acima de México (6,64%), Colômbia (6,15%), Chile (4,6%) e África do Sul (3,82%).


Leia mais sobre: Economia

Comentários