24 de novembro de 2024
Mundo

Copiloto da Germanwings pode ter escondido doença de companhia aérea

Berlim – Promotores alemães dizem ter encontrado evidências de que Andreas Lubitz, copiloto da Germanwings que teria jogado um A320 nos Alpes franceses na terça-feira, parece ter escondido provas de uma doença de seus empregadores.

Promotores da cidade de Düsseldorf dizem que encontraram documentos médicos na casa de Lubitz que indicam “uma doença existente e de tratamento médico adequado”.

O promotor Ralf Herrenbrueck disse em comunicado nesta sexta-feira que um atestado médico rasgado, que liberava Lubitz de trabalhar no dia do acidente, “apoia a avaliação preliminar de que ele escondeu sua doença de seu empregador e seus colegas“.

Ele disse que durante as buscas na casa do copiloto não foi encontrado um bilhete suicida ou qualquer motivação política ou religiosa para suas ações.

Sindicato francês abre processo contra vazamento de informações das investigações

O principal sindicato de pilotos da França abriu um processo contra o vazamento de informações das investigações sobre o acidente com o avião da Germanwings.

Guillaume Schmid, representante do sindicato SNPL, disse nesta sexta-feira que os pilotos estão irritados com as informações sobre os dramáticos momentos finais do voo que foram divulgadas pela mídia antes mesmo de os promotores terem sido informados.

Após a divulgação por meios de comunicação, um promotor anunciou que as gravações da cabine indicavam que o copiloto do A320 intencionalmente jogou a aeronave contra um montanha. Todas as 150 pessoas que estavam a bordo morreram.

O processo pede o respeito à lei francesa segundo a qual informações sobre investigações devem ser mantidas em segredo enquanto o inquérito estiver em vigor. O processo não indica um culpado, método comumente usado pela lei francesa, que deixa para os investigadores determinar de quem é a culpa.

Schmid disse que os pilotos estão tristes com o acidente e compreendem o desejo do público por informações imediatas, mas criticou a pressão sobre os investigadores e disse que isso pode levar a população a receber informações incorretas.

Fonte: Associated Press.

(Estadão Conteúdo)


Leia mais sobre: Mundo