A Zona Azul, principal espaço de negociação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), abriu as portas ainda no início da manhã desta sexta-feira (21) para permitir a retomada dos trabalhos interrompidos na véspera. As primeiras sessões voltaram a ocorrer por volta das 9h, em algumas das salas ainda acessíveis aos delegados.
A área dos pavilhões nacionais atingida por um incêndio no início da tarde de quinta-feira (20) foi totalmente isolada e permanecerá sem atividades até o encerramento da conferência.
Na noite de ontem, o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, informou que a interrupção forçada deve impactar o ritmo das negociações, tornando necessária a extensão da programação. A conferência estava prevista para terminar nesta sexta-feira, mas, segundo o diplomata, já era esperado que as atividades ultrapassassem o cronograma inicial, como costuma ocorrer nas conferências do clima.
Em entrevista exclusiva à TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Corrêa do Lago destacou que o prolongamento não é incomum, já que a busca por consenso envolve temas complexos e decisões que influenciam diretamente a ação climática global em especial os esforços para manter o aquecimento da Terra limitado a 1,5°C.
Sem estimar uma nova data para o encerramento, o presidente da COP30 afirmou que o foco principal é garantir resultados sólidos. “Vamos ver até quando dura. Você sabe que as COPs, em geral, duram mais do que o previsto. Estávamos querendo adiantar, mas vamos ver como fazer”, declarou.
Apesar do imprevisto, ele reforçou que o mais importante é que as negociações avancem de forma consistente e gerem impactos positivos na vida das pessoas, especialmente diante da urgência climática que mobiliza líderes, especialistas e ativistas de todo o mundo.
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