21 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 12/02/2020 às 23:48

Convocação de Aldemir Bendine é aprovada na CPI da Petrobras

Com a convocação de Bendine, o deputado federal Ivan Valente (PSOL) criticou o fato de não convocar políticos envolvidos nas investigações. (Foto: Agência Brasil)
Com a convocação de Bendine, o deputado federal Ivan Valente (PSOL) criticou o fato de não convocar políticos envolvidos nas investigações. (Foto: Agência Brasil)

A convocação do atual presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, foi aprovada nesta quinta-feira (1º) em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Até o momento, a comissão ouviu mais de 110 pessoas, entre acusados, colaboradores da estatal e testemunhas das denúncias, que são apuradas pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato. A previsão é de que os trabalhos da CPI sejam encerrados no dia 23 de outubro.

O documento que solicita a prorrogação por mais 120 dias da CPI será entregue nesta quinta, à Mesa da Câmara dos Deputados, pelo deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM). Em seguida, o projeto irá à votação em plenário. “Vou pedir para que seja nominal [votação], porque o Brasil tem que saber quem quer prosseguir e quem quer sepultar as investigações.

“Quero alertar a quem acha que encerrar CPI os problemas vão desaparecer: da PGR [parlamentares que se tornaram réus] vai direto para o Conselho de Ética sem nenhum outro debate legislativo da Justiça ou da injustiça”, afirmou o deputado, que já conseguiu 12 assinaturas de congressistas que compõem o colegiado.

Para o relator da CPI, Luiz Sérgio (PT), os trabalhos da comissão vão interferir muito pouco nas investigações da Justiça. “Poucas CPIs nesta Casa trouxeram tantas pessoas. Podemos olhar para o retrovisor ou para o para-brisa. Temos que ser propositivos e pensar o que a Petrobras tirou de lição desse capítulo amargo da sua história. Aqui temos o desafio de apontar caminhos de futuro para esta empresa”, disse.

Com a convocação de Bendine, o deputado federal Ivan Valente (PSOL) criticou o fato de não convocar políticos envolvidos nas investigações, como o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), que foi citado por, pelo menos, cinco pessoas envolvidas em delações premiadas. “Temos que investigar global. Temos que ser práticos e oferecer algo para a sociedade, mas só não convocamos aqui os políticos. Como vamos oferecer alguma coisa se não ouvimos o principal?”, argumentou. 

(Com informações da Agência Brasil)

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