Logo após assumir a Presidência pela terceira vez, eleito com 50,9% dos votos válidos no segundo turno, contra 49,1% de Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já assinou uma série de medidas e decretos. O petista revogou atos de Bolsonaro, dentre eles, sobre armas e na área ambiental, mas o que muitos realmente querem saber é sobre os sigilos deixados pelo ex-presidente.
O que Lula pôde fazer é assinar uma determinação para que a Controladoria-Geral da União (CGU) reavalie, em 30 dias, os sigilos decretados por Bolsonaro. Vale lembrar que os famosos sigilos de 100 anos impostos pelo ex-presidente conservador é uma restrição a informações pessoais de agentes públicos, que ganhou popularidade em seu governo, de 2019 a 2022.
Dentre os sigilos decretados por Bolsonaro estão a sua carteira de vacinação. Ou seja, não se sabe se o ex-presidente se vacinou ou não contra a Covid-19. Publicamente ele diz que não foi imunizado e pregou contra as vacinas contra o vírus, mas se negou a mostrar qualquer comprovação. Outro sigilo imposto foi o da investigação ao general do Exército e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que participou de um protesto em caminhão de som ao lado de Bolsonaro, ação proibida pelo código de conduta dos militares.
Há também, em sigilo de 100 anos, a agenda de visitação dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, acusados de liderarem um esquema de propina com verbas da Educação, no Palácio do Planalto e seus entornos. Além disso, Bolsonaro também pediu pra deixar em segredo detalhes sobre uma investigação da Receita Federal que apura o envolvimento do seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), naquele esquema de rachadinhas com o salário de assessores.
Basta saber, agora, se o procurador-geral da República, Augusto Aras, irá atender ao pedido do presidente Lula e, claro, da grande parte de brasileiros que querem ter acesso à informação, e quebrar os sigilos de Bolsonaro.
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