19 de novembro de 2024
Política

Contrariando PNI, Caiado reforça que policiais serão vacinados antes de detentos

Governador disse que forças de segurança virão antes dos presos. (Foto: Divulgação)
Governador disse que forças de segurança virão antes dos presos. (Foto: Divulgação)

O governador Ronaldo Caiado disse nesta quinta-feira (11) que, em Goiás, os policiais serão vacinados antes da população carcerária. O discurso é o mesmo já proferido pelo secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda.

No Twitter, o governador escreveu: “Mesmo seguindo o Plano Nacional de Imunização, nós temos bom senso e respeito com todos que atuam na linha de frente contra a Covid-19. Em Goiás não tem essa de bandido passar na frente na fila de vacinação. Aqui, nossos policiais terão total prioridade”.

A atualização do PNI foi feita no dia 4 de março, quando o Ministério de Saúde apresentou planejamento com os presos em 17º, à frente de agentes do sistema carcerário, que ficavam em 18º e também das forças de segurança e salvamento (21º).

No dia seguinte, o secretário Rodney Miranda reagiu. “Isso é um absurdo! Em Goiás, nenhum detento vai vacinar antes dos servidores das forças de segurança do estado. Não existe estatística que justifique essa decisão do Ministério da Saúde”, disse.

“Não existe isso. Goiás possui cerca de 20 mil servidores das forças, sendo que 33 morreram em decorrência da Covid-19. Já a população carcerária é de aproximadamente 23 mil presos. Foram contabilizadas cinco mortes de detentos, até agora, pela Covid-19. As forças de segurança do estado estão muito mais expostas que qualquer detento. Faremos o que for possível para que, em Goiás, nossos guerreiros da segurança pública sejam imunizados o quanto antes”, afirmou o secretário.

O titular da SSP-GO informou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública seria acionado pelo colegiado de secretários estaduais, para que pudesse negociar a pauta.

Segundo a assessoria da Segurança Pública, o ministro da Justiça André Mendonça informou que vai tentar equacionar a situação com o ministro Eduardo Pazuello.

Em declarações feitas a jornalistas, André Mendonça afirmou que “os profissionais da segurança pública estão desde o início na linha de frente da crise da Covid. Têm que estar nas ruas, transportam doentes, têm que ir a hospitais e não podem fazer homeoffice, ou seja estão em permanente situação de risco”.


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