Em entrevista ao Diário de Goiás nesta quinta-feira (16), o Presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi GO), Roberto Elias debateu com o jornalista Altair Tavares as mudanças no Plano Diretor de Goiânia e os possíveis impactos no mercado imobiliário. O presidente também criticou o projeto da prefeitura de Goiânia em criar “banco de apartamentos” em todas as futuras construções na capital.
De acordo com Roberto, o setor foi surpreendido com esse debate durante uma audiência pública. A prefeitura que já exige dos loteadores um “banco de lotes”, na qual o proprietário deve ceder a cada 100 mil m², cerca de 15% para a habitação social, agora pretende exigir também das construtoras civis. Se for o projeto for aprovado, os edifícios acima de 15 mil m² deverão ceder 5% para a habitação social. Em síntese, a empresa irá doar a área para a prefeitura, que irá sortear as pessoas que vão morar nos apartamentos.
Veja entrevista completa:
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“É um desestímulo para o empreendedorismo”, diz o presidente, que ainda afirma que a construção civil é o setor que mais paga ISS (Imposto sobre produto), o que alavanca com a contribuição da prefeitura. A categoria também afirma que no final o consumidor é que será prejudicado. “É uma retirada das áreas que seriam vendidas. Os construtores terão que vender mais caro. A prefeitura pensando que está tirando do construtor, na verdade está tirando do cliente, que vai ser penalizado com mais 5%”, afirma.
Solução
Apesar de não concordar com esse programa da prefeitura, o presidente afirma que a Ademi, apoia programas de habitação de interesse social. No entanto, para eles, “Isso justificava quando não se tinha os financiamentos que se tem hoje com recursos do FGTS”, diz o representante da Ademi.
Como alternativa, Roberto sugere que a prefeitura utilize as áreas não habitadas, que são os vazios urbanos, como por exemplo os prédios abandonados do centro da capital.
“Não foi uma ideia boa. Vamos fazer melhor, vamos usar os vazios urbanos e vamos fazer mais habitações de interesse social. Não que a gente queira segregar as pessoas, mas pelo contrário, fazer bons condomínios, com área de lazer, com trabalho perto” finaliza.
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