Boa parte das escolas de Goiás não deve retomar atividades presenciais nos últimos meses deste ano, conforme estima o presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Flávio Roberto de Castro. O Comitê de Operações de Emergência (COE) permitiu nesta quarta-feira (28) que aulas possam ser novamente ministradas nas unidades, seguindo os protocolos. Para liberação, ainda é necessário que o governo altere o decreto.
Castro lembrou que uma resolução do CEE autoriza o regime de aulas remotas até o fim do ano letivo de 2020 e, portanto, acredita que muitas instituições seguirão unicamente com ele no período.
“Temos a dificuldade quanto à questão de professores e alunos que não poderão voltar neste momento. Isso vai demandar muita estrutura e gastos por parte das escolas. Por isso, acredito que nesta próxima, sendo liberado, teremos posicionamentos diferentes de escolas que vão voltar às aulas, outras que não voltarão”, disse à Rádio Bandeirantes Goiânia.
De acordo com o presidente do CEE, há uma sinalização forte de que a rede estadual e a maioria das escolas municipais não devem retornar em 2020. “Nas particulares, muitas manifestaram que estão prontas, que conseguem cumprir o protocolo e que vão voltar. Outras ainda não se manifestaram”, completou.
Pesa para o retorno, também, a dificuldade em se adotar um extenso protocolo de biossegurança, de 67 páginas e repleto de exigências. Castro crê que muitas das escolas particulares usarão o resto do ano para se adaptar às normas. “Se pensarmos que a situação vai se manter para o início do próximo ano letivo, vai demandar essa preparação”, frisou.
O presidente do CEE afirmou que o colegiado “vai se debruçar sobre as situações que vão acontecer e deve soltar nota técnica ou, se for necessário, resolução para normatizar aquilo que é competência dele.”
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