12 de agosto de 2024
Política • atualizado em 13/02/2020 às 01:23

Conselheiro dissidente da OAB tenta impedir reuniões de Lúcio Flávio no interior

As ações da gestão do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil –Seção Goiás (OAB-GO), Lúcio Flávio de Paiva, de ouvir e atender as demandas da advocacia do interior, por meio do Programa OAB Ouve, está desagradando a oposição. O conselheiro dissidente Danúbio Cardoso Remy apresentou nesta quarta-feira (31 de maio) uma notificação contra presidente da Ordem em que avalia a realização do programa como “promoção pessoal”. O documento, no entanto, foi criticado por conselheiros da capital e do interior.

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Segundo entidade, o “OAB Ouve” é um projeto que visa levar membros da diretoria da seccional pessoalmente às subseções e delegacias para escutar, dialogar e levar os serviços necessários, numa tarefa de atenção e aproximação aos advogados e advogadas que militam no interior. Luziânia, Valparaíso, Águas Lindas de Goiás, Acreúna, Rio Verde, Jataí e Mineiros já receberam a caravana. Na reclamação, Danúbio “recomenda” que o presidente da Ordem não utilize do programa para promoção pessoal.

Ao Diário de Goiás, Cardoso afirmou que o ato da notificação deve ter como consequências outras ações quando chegarem as eleições para a diretoria da OAB. “apesar da gravidade do ato, não há potencialidade suficiente para exigir o afastamento, renúncia ou processá-lo”, disse ele.

Continuidade

O conselheiro federal Fernando de Paula diz que qualquer representante classista tem por obrigação ouvir a classe que o elegeu. “A hipótese de cumprimento da notificação, ou seja, de não realizar o programa por suposta promoção pessoal, contraria os anseios da categoria. Todos querem apresentar suas demandas e a gestão é obrigada a ouvir, diretamente de sua base. O OAB Ouve não faz promoção pessoal. Estamos fazendo visitas aos colegas para saber como está a lide forense em sua localidade”, afirmou.

O conselheiro seccional Telmo de Alencastro Veiga Filho diz que esta é uma tentativa do grupo opositor de querer tirar da advocacia o que está sendo conquistado por esta gestão. “O presidente está se dispondo a não ficar encastelado ou a não ficar esperando que o advogado venha até ele. Esta era, inclusive, uma antiga reclamação da categoria. Agora é motivo de crítica? Isso é inadmissível. O programa é uma conquista e não vamos abrir mão dele”, destacou. 

Telmo ainda avalia como histórico o fato da OAB-GO se reportar diretamente aos advogados para manifestarem sua opinião. “Desconheço aqui em Goiás a gestão que tenha feito isso. A oposição não quer que a advocacia entre em contato com a diretoria. Isso deve ser questionado. Por qual motivo tentam impedir? O presidente e toda a diretoria vai em busca do advogado em seu escritório no interior, nas salas da OAB em cada fórum, para escutá-los”, frisou. 

Absurdo

No interior, a notificação também não foi bem avaliada pelo conselheiro de Quirinópolis, Osmar de Freitas Junior que classificou como “absurdo” qualquer ilação contra a efetividade do OAB Ouve. “Esse programa aproxima a seccional da gente. Só quem vive a realidade do interior sabe as suas vantagens. Acompanhei a edição de Acreúna, Mineiras e Jataí. A aproximação é real e não há promoção pessoal”, diz.

Já o conselheiro de Itumbiara, Flávio Henrique Partata, diz que a gestão do presidente Lúcio Flávio é atuante e que, em respeito à categoria, isso não deveria ser questionado. “Temos um presidente atuante. Querem proibir isso e prejudicar a categoria? Querem proibir o Lúcio de viajar? Isso é retrocesso. Ouvir o advogado na base é um fato inédito, histórico e louvável”, afirma. “O advogado do interior era procurado de três em três anos, com fins eleitorais. Agora existe uma mudança significativa da gestão.”

Para o conselheiro seccional Juscimar Ribeiro, o presidente e a diretoria tão-somente cumprem a carta programa, quando determina expressamente a “realização de reuniões periódicas da diretoria nas subseções”. “Estamos em pleno cumprimento de propostas. Por acaso o conselheiro, quando aceitou fazer parte da gestão, não leu esse compromisso? Ou só agora virou abuso de poder? Não era antes, quando ele aceitou fazer parte?”, questiona.

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