Mundialmente conhecido por trabalhos filantrópicos em grande escala, o bilionário George Soros está prestes a completar 93 anos em agosto, mas já passou o comando de seu império para um de seus cinco filhos. Alexander Soros, ou Alex, de 37 anos, é o segundo filho mais novo e vai assumir o controle de uma fortuna avaliada em US$ 25 bilhões (mais de R$ 122 bilhões).
A fortuna Soros, porém, não é só em dinheiro, mas representa os empreendimentos financeiros e instituições de filantropia. Isso por que George Soros ficou bilionário no mercado financeiro, mas desde os anos 1990 tem usado o dinheiro que conseguiu para apoiar o fortalecimento da democracia em vários países.
Nos Estados Unidos, por exemplo, George aparece como um dos maiores doadores do partido Democrata, que elegeu Joe Biden, e derrotou Donald Trump, que é do Republicanos. Claro que, apesar de ajudar, se assim pode-se dizer, suas ações não são imunes à críticas, principalmente de pessoas que não são muito favoráveis à ações democráticas.
Ainda nos EUA, Soros tem sido alvo de teorias da conspiração antissemitas e, nas redes sociais de integrantes da família, mesmo, é possível ver diversos comentários rudes como “por que a família soros quer acabar com os Estados Unidos” ou “o inferno espera por vocês”.
No Brasil mesmo, George Soros não deixa de ser atacado. Em diversas ocasiões, na internet, o bilionário foi tido por brasileiros como responsáveis por financiar a ativista ambiental sueca de 20 anos, Greta Thunberg, e até criticado por investir cerca de R$ 32 milhões de dólares no Brasil entre os anos de 2016 e 2019 em entidades ligadas à pautas de liberação de drogas, anti armamentistas, legalização de aborto e outros temas progressistas.
Voltando ao seu filho, Alex, deve continuar o trabalho do pai. George afirmou que ele “fez por merecer” o controle do fundo de investimento da família. Alexander é formado em história e será o único membro da família no conselho de administração do Soros Fund Management, o fundo que administra os 25 bilhões da família.
Ele já havia assumido o cargo de presidente do conselho da Fundação Open Society em dezembro de 2022, mas já chegou a afirmar que se considera mais político que o pai. Ele teria, por exemplo, feito campanha contra a tentativa de Donald Trump de concorrer à reeleição (que Trump acabou perdendo).
“Eu gostaria muito que a política não dependesse tanto de dinheiro, mas enquanto o outro lado estiver usando (muitos recursos), nós teremos que usar também”, afirmou Alex Soros em uma entrevista.
Além disso, Alex disse que vai continuar os trabalhos filantrópicos criados pelo pai e, também, incluindo pautas como direito ao voto, direitos reprodutivos e igualdade de gênero.
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