14 de setembro de 2024
Cidades

Congresso médico debate cirurgia para a cura da depressão

Começa nesta quarta-feira, 14, em Goiânia o XVII Congresso da Academia Brasileira de Neurocirurgia. No evento serão debatidas as doenças que acometem o cérebro como depressão, Alzheimer, Parkinson, Huntington, Esclerose Múltipla, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Epilepsia.

O presidente do congresso, neurocirurgião Dr. Osvaldo Vilela, destaca que o congresso serve para uma troca de experiências entre os médicos sobre todas as áreas de atuação de saúde ligadas a neurologia.

Ele destaca que o congresso que vai até sábado será interdisciplinar porque vai trabalhar em conjunto com outras áreas como psicológica e fonoaudiologia.

Osvaldo Vilela aponta que a cirurgia para depressão será um dos principais pontos desenvolvidos no congresso “Se você considerara que cerca de 20% dos pacientes com depressão não respondem ao tratamento clinico envolvendo medicação e psicoterapias, a cirurgia tem uma chance de sucesso de 70% nesses casos que nenhuma outra forma de tratamento deu certo” enfatiza

O presidente do congresso destaca esse procedimento só pode ser realizado após dois laudos diferentes de psiquiatras que acompanhem o caso do paciente com depressão. Osvaldo Vilela destaca que o processo cirúrgico é planejado em computador e é uma intervenção direto no cérebro.

A cidade de Goiânia deve receber desta quarta-feira, 14, até o sábado dia 17, cerca de 600 médicos de todo o Brasil e vários convidados internacionais para debater esse tema e as doenças que estão a cada dia mais se tornando conhecidas da população.

Principais doenças que acometem o cérebro 

Depressão

Depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, entre os sintomas, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.

Alzheimer

Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, caracterizada por uma súbita perda das faculdades mentais. Esta é considera a primeira causa de demência senil. Inicialmente, a perda de memória gera desconforto. No entanto, em uma fase mais adiantada, deixa de ser um problema, pois o doente perda a capacidade de autocrítica.

Parkinson

Esta também é uma doença neurodegenerativa, crônica e progressiva, que normalmente afeta pessoas com idade avançada. É decorrente da perda de neurônios do sistema nervoso central (SNC) em uma área específica do cérebro, levando à redução de dopamina, com consequente alteração dos movimentos involuntários.

Huntington

Esta doença, também conhecida como mal de Huntington ou coréia de Huntington, é uma enfermidade neurodegenerativa hereditária, rara, que acomete de 3 a 7 indivíduos a cada 100.000 habitantes. Clinicamente, caracteriza-se por movimentos, bruscos, rápidos e involuntários dos braços, pernas e face.

Esclerose Múltipla

Também é classificada como uma doença neurodegenerativa, que se caracteriza por placas disseminadas de dismielinização em todo o SNC, levando a um quadro neurológico variado, certas vezes com remissão, e outras com exacerbação das manifestações clínicas.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Popularmente conhecido como derrame cerebral, é um problema neurológico decorrente de uma obstrução (isquemia) ou rompimento dos vasos sanguíneos cerebrais (hemorragia). Inicia-se abruptamente, sendo que o paciente pode apresentar dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte do campo visual. Também pode evoluir com coma e outros sinais.

Epilepsia

Na verdade, a epilepsia não se trata de uma doença, e sim de um sintoma que pode aparecer em diferentes formas clínicas, podendo levar a manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurodegenerativas. Tem como etiologia fatores que podem lesar os neurônios ou a forma de comunicação entre eles, como traumatismos cranianos, resultantes de cicatrizes cerebrais; traumatismo de parto; algumas drogas e substâncias tóxicas; interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro decorrente de um AVC ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.


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