O presidente e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, será ouvido em audiência no Congresso dos EUA na próxima quarta-feira (11) sobre o uso e a proteção de dados dos usuários da plataforma.
É a primeira vez que Zuckerberg depõe a legisladores americanos, em meio a um crescente cerco de políticos, governos e da opinião pública contra o Facebook e outras empresas de tecnologia.
Recentemente, o Facebook foi envolvido em um escândalo de vazamento de dados de milhões de usuários, por meio da consultoria Cambridge Analytica, que trabalhou para a campanha de Donald Trump e que é suspeita de ter colhido informações pessoais de usuários da rede social de forma irregular.
A empresa perdeu milhões de dólares em valor de mercado desde então, e tem sido questionada sobre a eficácia do controle sobre os dados dos usuários e as consequências de seu uso por terceiros.
Antes disso, executivos da companhia, além de representantes do Google e do Twitter, já haviam sido ouvidos pelo Congresso dos EUA durante as investigações da interferência russa nas eleições de 2016, por meio do uso de perfis e informações falsas espalhadas em redes sociais.
Desde então, há um crescente questionamento sobre o alcance e o poder do Facebook e de outras plataformas, e a necessidade de regulação dessas atividades.
A audiência com Zuckerberg foi confirmada nesta quarta (4) pelo comitê de Energia e Comércio da Câmara. Ela será realizada às 11h de Brasília, na próxima quarta-feira (11).
Em nota, os deputados Greg Walden e Frank Pallone, membros do comitê, afirmaram que a audiência será “uma importante oportunidade” para debater a privacidade dos dados de usuários da rede social e irá “ajudar os americanos a melhor compreender o que acontece com sua informação pessoal online”.
Os políticos agradeceram a disponibilidade de Zuckerberg -que tem sido cobrado, desde o ano passado, para responder pessoalmente aos questionamentos sobre a segurança de dados na plataforma, e o uso de suas ferramentas para fins políticos e comerciais.
Nos últimos dias, o executivo veio a público por meio de notas e entrevistas, em que lamentou e reconheceu o erro do Facebook no caso da Cambridge Analytica e anunciou novos controles de privacidade aos usuários.
A empresa ainda estuda a possibilidade de criar um tribunal, formado por membros independentes do Facebook, para decidir o que pode ou não ser publicado na plataforma. (Folhapress)
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