10 de dezembro de 2025
NOVO VALOR • atualizado em 10/12/2025 às 13:56

Confirmado 6,79% de reajuste no salário mínimo em janeiro; confira!

Salário mínimo tem aumento de R$ 103, levando em conta INPC e crescimento do PIB; valor começa a valer em janeiro de 2026
Reajuste do salário mínimo do próximo ano foi confirmado nesta quarta - Foto; arquivo
Reajuste do salário mínimo do próximo ano foi confirmado nesta quarta - Foto; arquivo

 O governo federal confirmou nesta quarta-feira (10), que o salário mínimo vai ser de R$ 1.621 em 2026. O reajuste será de R$ 103, representando 6,79% sobre o valor atual do salário mínimo, de R$ 1.518.  

O novo piso salarial começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026, sendo aplicado no salário que será pago em fevereiro. 

Para 2026, a regra de reajuste determina que o valor sofra duas correções. Uma é pelo INPC de 12 meses acumulado até novembro do ano anterior, 2025. Ou seja, os 4,18% anunciados hoje. 

Indicadores 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – indicador utilizado no cálculo do reajuste anual do salário mínimo – registrou 0,03% em novembro e acumula 4,18% em 12 meses. 

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A outra correção é o crescimento da economia de dois anos antes, no caso, 2024. No último dia 4, o IBGE revisou os dados do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) de 2024, confirmando a expansão em 3,4%.  

No entanto, o arcabouço fiscal – mecanismo que controla a evolução dos gastos públicos – determina que o ganho acima da inflação seja limitado a um intervalo de 0,6% a 2,5%. 

É por essa regra que o salário mínimo de 2026 fica em R$ 1.620,99. Com o arredondamento previsto em lei, R$ 1.621.  

Revisão 

O resultado anunciado nesta quarta-feira fará o governo revisar cálculos para as contas públicas no ano que vem. Isto porque o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, aprovado no Congresso, estima o salário mínimo em R$ 1.627, que representaria reajuste de 7,18%. 

O valor do salário mínimo tem reflexos nas contas públicas, além do próprio efeito em si no mercado de trabalho. Isto porque ele serve como base para outros gastos como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoa com deficiência em situação de vulnerabilidade. 

INPC x IPCA 

Assim como o salário mínimo leva em conta o acumulado até novembro, o seguro-desemprego, o teto do INSS e o benefício de quem recebe acima do salário mínimo são reajustados com base no resultado do INPC acumulado até dezembro. 

O INPC tem divulgação sempre paralela a outro índice do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecido como inflação oficial, que fechou novembro em 0,18% e acumula 4,46% em 12 meses. 

A diferença entre ambos é que o INPC apura a variação do custo de vida para as famílias com renda de até cinco salários mínimos e o IPCA até 40 salários mínimos. 

O IBGE confere pesos diferentes aos grupos de preços pesquisados. No INPC, por exemplo, os alimentos representam quase 25% do índice, mais do que no IPCA, cerca de 21%, pois as famílias de menor renda gastam proporcionalmente mais com comida. Na ótica inversa, o preço de passagem de avião pesa menos no INPC do que no IPCA. 

De acordo com o IBGE, a apuração do INPC “tem por objetivo a correção do poder de compra dos salários, através da mensuração das variações de preços da cesta de consumo da população assalariada com mais baixo rendimento”. 

A coleta de preços é feita em dez regiões metropolitanas: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. A coleta também é feita em Brasília, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. 

Com informações da Agência Brasil 


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