18 de novembro de 2024
Especial • atualizado em 13/02/2020 às 00:55

Confira fatos marcantes da história da mulher

A conquista do voto das mulheres no Brasil. (Foto: TSE)
A conquista do voto das mulheres no Brasil. (Foto: TSE)

Comemorar o Dia Internacional da Mulher vai além de mandar flores. A ideia é conservar, reafirmar e promover conquistas e direitos.

Em 1857, centenas de operárias morreram queimadas por policiais em uma fábrica têxtil de Nova York (EUA). Elas reivindicavam a redução da jornada de trabalho e o direito à licença-maternidade.

Em homenagem às vítimas, no ano de 1911, foi instituída a comemoração de 8 de março, o Dia Internacional da Mulher.

Leia abaixo alguns fatos marcantes da história da mulher.

No mundo

Séculos 15 a 17

Mulheres que resistem às imposições da igreja e praticam rituais de cura são consideradas bruxas e queimadas pela Inquisição.

Século 17

Desenvolve-se a tese de que as mulheres iriam conseguir a igualdade, se tivessem acesso à educação. A tese se mostrou falsa.

Século 19

Início da luta pelo direito ao voto em países como os EUA.

8.mar.1857

129 operárias de uma indústria têxtil nos EUA são assassinadas pelos patrões. Elas haviam feito greve por melhores salários e redução da jornada de trabalho, que era de 14 horas.

1910

Criado o Dia Internacional da Mulher no 2º Congresso Internacional de Mulheres, em Copenhague (Dinamarca), em memória das operárias mortas durante protesto nos EUA em, 1857.

1949

Lançado o livro que marca o nascimento do feminismo radical contemporâneo, “O Segundo Sexo”, da francesa Simone de Beauvoir. Frase célebre da escritora: “Não se nasce mulher, torna-se”. Para ela, “as mulheres sempre foram marginalizadas porque os homens de todas as classes e partidos sempre lhes negaram uma existência autônoma”.

1968

A revolução cultural, desencadeada por estudantes franceses, mas que acaba chegando a outros países, envolve as chamadas minorias políticas (índios, negros, homossexuais, ecologistas e mulheres). O movimento feminino adota a palavra de ordem “O corpo é nosso”. O desenvolvimento da pílula anticoncepcional, no início da década, dá impulso à revolução sexual. Agora as mulheres podem fazer sexo por prazer e escolher ter filhos só quando quiserem.

1975

Promovido pela ONU, na Cidade do México, o Ano Internacional da Mulher e a Década da Mulher. Um plano de ação para o decênio seguinte, para eliminar discriminações contra a mulher, é aprovado.

1995

Realizada em Pequin, na China, a 4ª Conferência Mundial da Mulher, mais recente encontro do gênero.

No Brasil

1934 As mulheres conquistam o direito ao voto.

1975 São criados diversos grupos de discussão sobre a questão da mulher. Os jornais “Nós Mulheres” e “Brasil Mulher” dão voz ao movimento pela anistia, inicialmente promovido pelas feministas.

1978 Acontece o Congresso da Mulher Metalúrgica. As mulheres intensificam a luta por creches, direitos trabalhistas, salários iguais ao dos homens, serviços de atendimento (educação, saúde e vítimas de violência) e pela divisão do trabalho doméstico.

1985 Surge a primeira Delegacia da Mulher em São Paulo. Cresce o número de serviços voltados para a mulher (S.O.S. Mulher, Serviço de Orientação à Família).

1990 Multiplica-se o número de ONGs e serviços de atendimento da mulher.

7.ago.2006 Sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei Maria da Penha (lei 11.340) foi criada para combater à violência doméstica contra a mulher no Brasil. A norma estabeleceu que a violência doméstica -física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral&- é crime.

Maria da Penha, mãe de três filhas, levou um tiro nas costas enquanto dormia, em maio de 1983. O disparo, efetuado por seu então marido, Marco Antonio Heredia Viveros, colocou-a em uma cadeira de rodas.

Paraplégica, vítima de anos de violência doméstica (física e psicológica), lutou por quase duas décadas para ver seu agressor punido –16 meses em regime fechado. Antes disso, Heredia Viveros havia sido condenado em dois julgamentos, mas acabou em liberdade graças a recursos impetrados por sua defesa.

Fonte: Rachel Moreno, psicóloga e pioneira do movimento feminista no Brasil; e a obra “Mulher, uma Trajetória Épica”, de Zuleika Alambert (Folhapress)

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