24 de novembro de 2024
Economia

Confiança do brasileiro ainda é insuficiente para reativar o consumo, avalia CNI

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) subiu para 102,2 pontos em abril e é 1,2% menor do que o registrado no mesmo mês de 2017. Mesmo com o aumento de 0,3% na comparação com março, o indicador continua abaixo da média histórica, que é de 107,9 pontos, informa a pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 24 de abril, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Mesmo com a leve recuperação, o INEC de abril mostra que a confiança dos brasileiros ainda está baixa. “Há quase dois anos, o índice está oscilando em um patamar muito baixo. Com isso, as pessoas têm pouca disposição para fazer compras, o que limita o crescimento do consumo e da economia como um todo”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

De acordo com a pesquisa, a leve recuperação de abril é resultado da melhora das expectativas dos brasileiros em relação ao desempenho da inflação, do emprego e da renda pessoal nos próximos seis meses. O indicador de expectativas sobre a inflação aumentou 2,6%, o de desemprego subiu 2,5% e o de renda pessoal teve alta de 2,7% em relação a março. O aumento dos índices mostra que um número maior de pessoas aposta na queda da inflação e do desemprego e o crescimento da renda pessoal.

Mesmo assim, os consumidores perceberam o crescimento de suas dívidas e uma piora de sua situação econômica. O indicador de expectativa de endividamento caiu 3,4% e o de situação financeira recuou 0,8% em abril frente a março. Com isso, as pessoas se mostram menos dispostas a comprar bens de maior valor, como móveis e eletrodomésticos.  O indicador de expectativa de compras de maior valor caiu 0,4% na comparação com março. Quanto menores os índices, menor é o número de pessoas que percebe a queda de seu endividamento, a melhora de sua situação financeira eque espera aumentar as compras de maior valor.

O INEC é um indicador que ajuda a antecipar variações na atividade econômica. Consumidores pouco confiantes tendem a diminuir as compras. Com a redução do consumo, aumentam as dificuldades de recuperação da economia.
Esta edição do INEC, feita em parceria com o IBOPE, ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre 12 e 16 de abril


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