07 de agosto de 2024
Homicídio

Conclusão de inquérito aponta que fisiculturista espancou mulher com intuito de matá-la

A vítima faleceu no último dia 10 de maio, após passar dez dias em coma
Igor Porto Galvão e Marcela Luíse mantinham um relacionamento de nove anos. Reprodução/Redes Sociais
Igor Porto Galvão e Marcela Luíse mantinham um relacionamento de nove anos. Reprodução/Redes Sociais

A conclusão do inquérito da Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) com relação à morte de Marcela Luíse, de 31 anos, espancada pelo fisiculturista Igor Porto Galvão, de 32 anos, apontou, de acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira (24), que o homem teria agredido a companheira com a intenção de matá-la.

De acordo com informações do G1, a delegada responsável pelo caso, Bruna Coelho, afirmou que as lesões encontradas no corpo da vítima são incompatíveis com uma queda da própria altura, versão apresentada pelo suspeito quando a encaminhou ao hospital, no último dia 10 de maio. O homem foi preso de forma preventiva sete dias depois.

“Após várias testemunhas que nós ouvimos, traçamos o perfil de uma pessoa manipuladora, controladora, que tinha vários relacionamentos extraconjugais, inclusive com o conhecimento e impondo isso a companheira. Entre outras provas que nos levaram a conclusão de que ele é o suposto autor do crime”, relatou a delegada.

Ao G1, a delegada informou que as testemunhas próximas ao casal relataram que a vítima sempre era vista com feridas, hematomas nos olhos e até mesmo com perda de dentes e, ao ser questionada sobre as feridas, fugia do assunto. O casal mantinha um relacionamento há nove anos e morava em Aparecida de Goiânia, desde janeiro de 2021.

A polícia ainda não sabe afirmar se houve uma motivação para as agressões que levaram Marcela à morte. O laudo cadavérico de Marcela afirma que a causa de sua morte foi por traumatismo craniano. A vítima também sofreu múltiplas fraturas no corpo, com 8 costelas quebradas.

Outros históricos de violência doméstica também foram apontados pela polícia. “Nós investigamos o passado dele e ele tem antecedentes de Maria da Penha contra uma ex-namorada e contra a atual. Teve um inquérito por lesão corporal por murros, socos e chutes”, disse a delegada.

Segundo a delegada, nesse primeiro inquérito, a vítima teria pedido uma medida protetiva. No entanto, o pedido foi retirado após reatarem o relacionamento. Igor foi indiciado por feminicídio consumado.


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