A Corregedoria da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) concluiu parte da apuração interna sobre possíveis irregularidades em acordos extrajudiciais firmados por 34 servidores efetivos durante gestões anteriores. Os indícios envolvem pagamentos com valores acima do previsto, feitos em prazos considerados atípicos. Parte das informações já está sendo encaminhada ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) e à Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).
Segundo a companhia, todos os processos analisados até agora apresentam algum tipo de indício de ilicitude. Dos 34 casos, seis foram concluídos e remetidos às autoridades competentes. A Comurg informou que os demais serão enviados gradualmente, conforme forem finalizados, uma vez que a legislação determina a comunicação imediata de qualquer suspeita de irregularidade.
Além do envio ao MP-GO e à PCGO, a empresa também dará início à abertura de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) para avaliar a conduta dos envolvidos. Caso as irregularidades sejam confirmadas, os servidores poderão ser punidos com advertências, suspensões ou até demissão por justa causa.
“Determinamos rigor na apuração de supostas irregularidades nestes casos. Agora, vamos passar as informações ao MP-GO para que analisem e tomem providências. O dinheiro público precisa ser administrado com responsabilidade. Na nossa gestão, qualquer indício de irregularidade será investigado, e os responsáveis responderão na Justiça”, afirmou o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel.
Os servidores foram afastados em fevereiro deste ano, após parecer da assessoria jurídica da Comurg apontar que diversos acordos foram celebrados e pagos em prazos considerados exíguos, com valores fora da realidade de mercado. Inicialmente, o afastamento teve duração de 60 dias, prorrogado por igual período devido à complexidade dos processos e à dificuldade de acesso a documentos administrativos e judiciais.
Durante os quatro meses de afastamento, os empregados ficaram à disposição da corregedoria e foram convocados para esclarecimentos sempre que necessário. Eles retornaram ao trabalho no último dia 9 de junho, após o fim do prazo legal de afastamento preventivo.
“Neste período, o processo foi conduzido com total zelo. Agora, estamos entregando a investigação interna ao MP-GO e à Polícia Civil. Isso mostra o que queremos para a Comurg: uma empresa bem gerida e que entregue serviços de qualidade ao cidadão goianiense com o menor custo possível. Irregularidades não têm espaço na nossa administração”, afirmou o presidente da companhia, coronel Cleber Aparecido Santos.
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