Com 7 mandados de prisão em Goiás e Mato Grosso, o Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) realiza operação na sede da Companhia de Urbanização Municipal de Goiânia (Comurg), nesta terça-feira (26).
A Operação Fator R investiga, segundo o MP, o cálculo utilizado para determinar a faixa de tributação de uma empresa optante do Simples Nacional.
Ainda segundo as informações dos agentes, a apuração busca desvelar complexa organização criminosa empresarial que, detentora de grande poderio econômico, é suspeita de fraudar licitações em 148 municípios do estado de Goiás, 49 municípios do estado do Mato Grosso, 1 município do Tocantins e 1 município da Bahia.
De acordo com a investigação, o grupo criminoso recebeu, em dez anos, aproximadamente e em valores não corrigidos, R$ 71.675.380,53 em contratos firmados com a quase totalidade dos municípios goianos.
A atividade criminosa utilizou de esquema fraudulento denominado Falso Simples, que burlou certames, qualificando-se como empresa de pequeno porte ou microempresa, quando na verdade, tratava-se de um único grupo empresarial de grande porte.
Os investigados criaram inúmeras outras empresas com a finalidade de blindar o patrimônio e ocultar a verdadeira propriedade das pessoas jurídicas. Empresas eram sócias de empresas, que tinham outras empresas como sócias, numa grande teia que leva a um mesmo grupo econômico-familiar.
Ainda segundo o MP, os investigados são suspeitos de praticarem falsidades ideológicas, peculato, corrupção e lavagem de capitais.
Até o fechamento deste texto, a Comurg ainda não havia se manifestado sobre a operação.
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