12 de setembro de 2024
Queima de Arquivo?! • atualizado em 11/11/2022 às 20:56

Computadores do Palácio do Planalto foram formatados após segundo turno das eleições

Ordem foi dada pela equipe de informática do Planalto após derrota de Bolsonaro nas urnas com justificativa de detecção de ameaça de vírus, causando estranheza
Os computadores do Palácio do Planalto tiveram todos os arquivos apagados e formatados. Foto: Marcos Correa/PR
Os computadores do Palácio do Planalto tiveram todos os arquivos apagados e formatados. Foto: Marcos Correa/PR

A ordem para formatação dos computadores do Palácio do Planalto, em Brasília, foi enviada para a equipe de informática com a justificativa de que o sistema de antivírus da rede da Presidência da República identificou uma ameaça de vírus. A ação causou estranheza entre os funcionários, já que apagar os conteúdos das máquinas não é procedimento comum.

De acordo com a apuração do Portal Metrópoles, o indicente aconteceu dois dias depois da derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. O aviso recebido afirmava que um malware, vírus que causa danos a dados do sistema operacional, teria sido identificado e que a orientação era formatar os computadores, ou seja, deletar os arquivos e, em seguida, reinstalar o mesmo sistema operacional padrão.

A questão é que o procedimento orientado poderia causar perda permamente de arquivos importantes do sistema. No dia 3 de novembro, na semana posterior às eleições presidenciais, a equipe de informática foi acionada para chegar mais cedo e tentar “amenizar” a situação em uma força-tarefa.

Respostas

Questionada pelo Portal Metrópoles sobre a extensão dos supostos danos em relação a perda permanente de arquivos, se foi possível realizar o backup nas máquinas e se computadores do gabinete presidencial foram afetados, a Presidência apenas confirmou a ameaça, mas negou danos.

“Em 01/11/2022, as ferramentas de segurança que protegem a rede da Presidência da República detectaram a presença de um malware em algumas estações de trabalho, tendo neutralizado suas ações poucos minutos depois. De imediato, a Equipe de Tratamento e Resposta a Incidentes em Redes Computacionais (ETIR) iniciou as análises para identificar a origem da infecção, tendo identificado que ela ocorreu por meio de phishing. Não houve vazamento de dados, nem comprometimento de sistemas hospedados na rede da Presidência da República.”

A resposta dada em nota não esclareceu sobre perdas de arquivos nem sobre a origem da suposta ameaça, e sequer mencionou se isso será investigado. O procedimento levantou suspeitas, inclusive internas no Planalto, sobre a motivação da ordem. Especula-se que houve intenção de destruir arquivos sensíveis.


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