11 de agosto de 2024
Política

Compra de vacinas por estados e municípios se converteu em debate político eleitoral, diz Caiado

Foto: Governo de Goiás
Foto: Governo de Goiás

A corrida de estados e municípios por vacinas contra a covid-19 começou no dia 24 de fevereiro, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que os entes negociassem os imunizantes.

De concreto até hoje, no entanto, há pouco. O consórcio de governadores do Nordeste e algumas prefeituras, como Belo Horizonte e Maricá-RJ, fecharam contrato com a União Química para a compra da Sputnik V. A vacina, no entanto, sequer tem autorização para uso por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O governador Ronaldo Caiado, que tem R$ 60 milhões para comprar vacinas em crédito extraordinário autorizado pela Assembleia, afirmou que a negociação por vacinas já virou jogo político.

“Isso aí está sendo usado de forma politica por pessoas que realmente querem transformar o momento num debate político-eleitoral. Onde está a vacina que foi comprada por esta prefeitura? Onde está a vacina que foi comprada pela Fieg que os empresários deram R$ 11 milhões? Isso é uma farsa, uma mentira”, disse em entrevista à TV Anhanguera.

O governador lembrou a necessidade global de vacinas e o descumprimento de acordos, inclusive por parte dos desenvolvedores da Sputnik V, em relação à entrega de vacinas. “A Sputnik vendeu pra Argentina e não está cumprindo o contrato com a Argentina. Vamos fazer algo que possa noticiar algo que seja verdadeiro para as pessoas”.

Ele reforçou que, mesmo com o crédito, não há disponibilidade de vacina no mercado. “O cidadão quer lançar: ‘porque não comprou a vacina?’ como se você fosse na feira e pedisse uma vacina. As pessoas precisam ter mais responsabilidade”, disse.

Caiado lembrou ainda que quaisquer vacinas adquiridas por estados e municípios irão para o Ministério da Saúde. “Todos nós estamos reunidos com as prefeituras. Todos os governadores assinaram um documento dizendo que todas as vacinas serão para cumprir o Plano Nacional de Imunização. Nós temos respeito. Não é o prefeito mais rico ou o governador mais rico”, concluiu.


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