O presidente da EMC (Empresa Mineira de Comunicação), Flávio Henrique Alves de Oliveira, 49, morreu nesta quinta-feira (18) em decorrência da febre amarela. A vítima, que também era cantor e compositor, é o 16º caso de óbito causado pelo vírus, desde julho do ano passado, em Minas Gerais.
Flávio Henrique morava em Belo Horizonte e estava internado desde o último dia 11, em um hospital particular na zona sul da cidade. O diagnóstico de febre amarela foi informado, por meio de nota, pela Rede Mater Dei de Saúde, responsável pela unidade onde o músico foi internado, e confirmado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais.
Segundo a secretaria, Flávio Henrique foi contaminado em Brumadinho, município da região metropolitana de Belo Horizonte, onde estão sendo investigadas mais quatro suspeitas de infecção por febre amarela. A pasta informou ainda, que o paciente não havia se vacinado.
Nas redes sociais, desde o início da semana, familiares e amigos realizavam campanha para doações de sangue destinadas ao músico. De acordo com as mensagens, Flavio Henrique apresentou “sérios comprometimentos hepáticos”.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) divulgou um vídeo lamentando a morte de Flávio Henrique e expressando solidariedade à família e aos amigos. O gestor disse que o Estado perde um grande artista e ele um amigo querido, companheiro de ideias e sonhos.
“Guimarães Rosa, que é um escritor mineiro que Flávio gostava muito dizia que ‘as pessoas não morrem, elas ficam encantadas’. Flávio está encantado, mas sua arte vai nos encantar por muitos anos”, afirmou Pimentel.
Carreira artística
Flávio Henrique estreou na carreira de cantor e compositor em 1995 com o CD “Flávio Henrique”.
Dois anos depois, lançou “Flávio Henrique e Marina Machado”, no qual interpretou composições de sua autoria, entre elas, “Voz da criação”, “Um desencontro a mais” e “Último samba”. Paulo César Pinheiro foi seu parceiro em “Choro livre” e “Não tive mais o que te dar”. Ainda nesse disco foi gravada a música “Lua no dia” com a participação especial de Lô Borges.
Ainda na década de 1990, Flávio Henrique também teve música gravada por Ney Matogrosso.
Em 2002, participou do Projeto ConexãoTelemig Celular de Música, no qual teve como convidados Ed Motta e Chico Amaral. Neste mesmo ano, lançou o CD “Livramento”, gravado com Chico Amaral e contou com a participação especial de Milton Nascimento, Ed Motta e Marina Machado.
Em 2003, ao lado de Maria Bethânia e Milton Nascimento participou do disco “Thelmo Lins canta Drummond”, no qual interpretou a faixa “Mulher nua andando pela casa”, poema musicado por Thelmo Lins.
Ao todo, Flávio Henrique escreveu mais de 180 músicas. (Folhapress)
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