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Com baixíssima presença de governistas, a Comissão de Constituição e Justiça iniciou na manhã desta terça-feira (17) o debate em torno da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer.
Pouco antes das 10h, 21 deputados já haviam se inscrito para falar a favor da denúncia. Apenas Pedro Fernandes (PTB-MA) colocou a assinatura na ficha de apoiadores do relatório do governista Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), favorável ao arquivamento do caso.
A CCJ é o primeiro passo da tramitação da denúncia. O relatório de Bonifácio pode ser votado nesta quarta (18), com tendência de aprovação. A votação no plenário da Câmara, que é quem dá a palavra final, deve ocorrer na semana que vem.
Para que o Supremo Tribunal Federal seja autorizado a analisar a denúncia, é preciso o voto de pelo menos 342 dos 513 deputados. Na peça do Ministério Público, Temer é acusado de dois crimes: organização criminosa e obstrução da Justiça.
A primeira denúncia, relativa ao crime de corrupção passiva, foi barrada pela Câmara em agosto pelo placar de 263 a 227.
Deputados da oposição foram os primeiros a chegar à comissão, cuja lista de oradores é definida pela ordem de chegada. Alessandro Molon (Rede-RJ) entrou na sala por volta das 6h e foi o primeiro a assinar a lista.
Um dos poucos governistas a aparecer nas primeiras horas da manhã, Carlos Marun (PMDB-MS) chegou a pegar a caneta para assinar a lista de oradores favoráveis ao relatório de Andrada, mas preferiu ir para outra comissão, a CPI da JBS, no Senado.
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