19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:27

Comissão de Ética da Presidência mantém processo contra Geddel

O presidente da Comissão de Ética, Mauro Menezes, fala sobre a demissão do ex-ministro Geddel Vieira Lima no Palácio do Planalto em Brasília. (Foto: Alan Marques/Folhapress)
O presidente da Comissão de Ética, Mauro Menezes, fala sobre a demissão do ex-ministro Geddel Vieira Lima no Palácio do Planalto em Brasília. (Foto: Alan Marques/Folhapress)

O presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, Mauro Menezes, afirmou nesta sexta-feira (25) que, mesmo diante do pedido de demissão do ministro Geddel Vieira Lima, não será extinto o procedimento contra ele sobre conflito de interesse.

Segundo ele, a continuidade do processo é gesto simbólico que pode ter como efeito, caso o ministro seja punido, uma espécie de “mancha ética” no currículo do peemedebista, que entregou nesta sexta-feira (25) carta de demissão.

“Não podemos dizer que alguém não pode continuar na vida pública, apenas deixamos registrado que uma autoridade tem em seu currículo determinada avaliação quanto ao seu comportamento ético. E hoje no Brasil isso tem valido muito”, disse.

A expectativa do órgão federal é que a análise do caso seja finalizada em 15 de dezembro, última reunião do colegiado presidencial.

O presidente disse também que, apesar do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), ter sido acusado pelo ex-ministro Marcelo Calero de tentar pressioná-lo, não há ainda previsão de abrir investigação semelhante contra ele.

“Não existe sinalização de que venhamos abrir processo contra outra autoridade citada”, disse.

Ele lembrou ainda que a órgão federal não tem competência para abrir investigações contra o presidente e o vice-presidente do país, mesmo Michel Temer tendo sido citado por Calero em depoimento à Polícia Federal.

Segundo o ex-ministro, Temer o teria “enquadrado” para levar para a AGU (Advocacia-Geral da União) parecer técnico que inviabilizava empreendimento imobiliário no qual Geddel tem apartamento.

Em nota, o presidente reconheceu que conversou com Calero sobre a questão, mas negou que o tenha pressionado.

Folhapress

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