A comissão de ética da Presidência da República concluiu que Geddel Vieira Lima utilizou o cargo de ministro da Secretaria de Governo para promover interesses pessoais, violando o código da administração pública.
Em reunião nesta quinta-feira (15), os integrantes do órgão federal aprovaram por unanimidade a posição do relator Marcelo Figueiredo de que houve conflito de interesse na postura do ex-ministro, contra o qual foi imposta a sanção de censura ética.
A pena é uma repreensão pública pela conduta de uma autoridade, uma espécie de mancha no currículo, mas que não o impede de exercer novos cargos públicos.
O peemedebista deixou o governo federal no mês passado após ser acusado pelo também ex-ministro Marcelo Calero, da Cultura, de ter atuado na máquina pública para viabilizar um empreendimento imobiliário na Bahia onde ele adquiriu um apartamento.
“Nós verificamos que o ex-ministro não se pautou pelos padrões éticos ao defender e gerir interesses privados em confronto com o interesse público”, disse o presidente da comissão de ética, Mauro Menezes.
Segundo ele, o peemedebista também cometeu irregularidade ao não ter informado à comissão de ética que havia adquirido uma promessa de compra e venda do imóvel.
“As autoridades que estão sob jurisdição da comissão de ética devem informar anualmente a evolução patrimonial e não houve a comunicação desse compromisso de compra e venda”, disse.
O presidente do colegiado federal informou ainda que a decisão foi remetida ao Ministério Público Federal, uma vez que há indícios de que o peemedebista cometeu irregularidades que podem ser analisadas nas esferas administrativa e penal.
Folhapress
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