23 de novembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 01:38

Comissão aprova verba extra para passaportes

A Comissão Mista de Orçamento, formada por deputados federais e senadores, aprovou nesta terça-feira (4) projeto de lei de crédito suplementar para destinar R$ 102,4 milhões à Polícia Federal para a retomada da emissão de passaportes no país. O projeto agora deve passar por votação conjunta no Congresso.

O texto foi enviado pelo governo federal ao Legislativo na última quarta, 28 de junho, um dia após a PF anunciar que pararia de emitir os documentos por falta de recursos.

“Nós estamos aqui corrigindo um erro dramático, que afeta milhares de pessoas”, afirmou o presidente da Comissão, senador Dário Berger (PMDB/SC).

O relator da matéria, deputado Delegado Francischini (SD-PR) votou pela aprovação do plano e apresentou emenda para que os recursos sejam retirados do orçamento que seria destinado à ONU.

A princípio, o projeto previa que o dinheiro fosse retirado da Educação. Criticado, o governo recuou e enviou ofício ao Congresso alterando a dotação orçamentária a ser prejudicada.

Agora o projeto deve passar por votação em sessão do Congresso, e, se aprovado, irá a sanção presidencial. Não há prazo para que o serviço seja regularizado, mas o valor deve, segundo o governo, garantir as emissões de passaportes até o fim do ano.

CRISE DOS PASSAPORTES

O governo já tinha sido avisado de que a quantia prevista para este ano não seria suficiente para garantir a emissão de passaportes.

Ao menos nove alertas foram enviados pela Polícia Federal somente neste ano. Ao todo, o órgão teve R$ 145 milhões em 2017, já contando uma liberação extra de R$ 24 milhões em maio.

Em 2016, foram R$ 212 milhões. A PF havia solicitado no meio do ano passado, na discussão do Orçamento, o montante de R$ 248 milhões.

O governo arrecadou em 2016 R$ 578 milhões com a emissão de passaportes. Boa parte desse recurso, porém, não foi empregada no serviço.

A taxa paga para a emissão do documento vai para o Funapol, fundo criado em 1997, e administrado por um conselho gestor encabeçado pela PF. A polícia, no entanto, não tem autonomia para decidir sobre quanto pode gastar desses recursos.

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