O cometa 12P/Pons-Brooks, conhecido popularmente como “Cometa do Diabo”, estará visível no Brasil e em outras regiões do Hemisfério Sul neste domingo (21). Este corpo celeste leva aproximadamente 71,3 anos para completar uma órbita ao redor do Sol.
No dia 21 de abril, o cometa estará em seu ponto mais próximo do Sol, o que o tornará mais visível aos observadores terrestres. Desde o início de abril, os observadores têm acompanhado a trajetória do cometa, principalmente na Região Nordeste do Brasil, onde os estados mais ao Norte terão a primeira visão do cometa no céu.
O astrônomo do Observatório Nacional, Filipe Monteiro, esclarece que, devido à intensidade do brilho do cometa, não será possível observá-lo a olho nu, sendo necessário o uso de instrumentos como binóculos e telescópios. O melhor momento para observação será entre 17h40 e 18h30.
Os observadores devem direcionar seu olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do sol, para avistar o cometa. Ele estará visível logo após o pôr do sol, inicialmente abaixo da Constelação de Touro e, a partir de maio, abaixo da Constelação de Órion, sempre entre 17h40 e 18h30. A dificuldade reside em encontrar um local com horizonte oeste livre, pois o cometa estará baixo no céu, a uma altura de cerca de 15 graus.
Em 2 de junho, o Cometa do Diabo estará muito próximo da Terra, porém sua visibilidade não será boa.
O nome “Cometa do Diabo” foi atribuído ao 12P/Pons-Brooks em 20 de julho de 2023 pelo astrônomo Elek Tamás, do Observatório Harsona na Hungria, após observar um aumento significativo em seu brilho. O nome não possui conotação maligna, segundo o Observatório Nacional.
O cometa também é comparado à nave Millennium Falcon da franquia Star Wars devido à sua aparência de “chifres”. Os astrônomos estão investigando como esses “chifres” se formaram, considerando a possibilidade de uma liberação desigual de gás e poeira ou efeitos de sombra devido à topografia do cometa.
Cometas são corpos compostos por gases congelados, rocha e poeira. Quando se aproximam do Sol, tornam-se ativos devido ao calor, fazendo com que o gelo se transforme em gás e formando uma nuvem ao redor do cometa, chamada de coma.
Com informações do Observatório Nacional
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