22 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:53

Comandante de batalhão da PM morre após ataque a tiros no Rio

O comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar do Rio, o coronel Luiz Gustavo Lima Teixeira, 48, morreu após ser vítima de um ataque a tiros no fim da manhã desta quinta-feira (26).

Ele circulava em um carro descaracterizado em uma rua do Méier, bairro da zona norte da cidade onde fica o batalhão onde ele comandava há um ano e seis meses.

Um segundo PM, que dirigia o carro, também foi atingido na perna, mas foi socorrido e passa bem. Teixeira chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu.

Segundo informações divulgadas pela Rede Globo, o carro do coronel foi atingido por ao menos 17 tiros, quatro dos quais teriam acertado a cabeça do coronel.

A informação sobre a quantidade de tiros disparada contra o coronel ainda não foi confirmada pela PM, que está se pronunciando sobre o caso pela sua conta oficial no Twitter.

A PM divulgou duas versões do ocorrido até o momento. Na primeira, disse que o coronel foi vítima de um atentado. Na segunda, informou que ele foi atingido durante uma tentativa de assalto na rua Hermengarda, no Méier. Os bandidos teriam reagido à presença policial.

Teixeira tinha 26 anos de corporação e deixa esposa e dois filhos. Em nota, o comandante-geral da PM, coronel Wolney Dias Ferreira, lamentou a morte do policial.

O 3º BPM fica no complexo de favelas do Lins, local que a despeito da presença da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) convive com forte presença de traficantes de drogas.

Neste momento, a PM está planejando incursões na favela em busca dos responsáveis pela morte do coronel.

Com o assassinato de Teixeira, sobe para 111 o número de policiais militares mortos somente este ano no Rio. Nos últimos dois dias, ao menos dois outros policiais morreram no Rio.

Na noite de terça-feira (24), um soldado PM de folga foi morto a tiros por dois homens armados em Guadalupe, zona norte do Rio. Ele deixava um shopping no bairro quando teria sido abordado em uma tentativa de assalto. Ele chegou a ser levado com vida ao hospital, mas não resistiu.

Na manhã daquele mesmo dia, em Queimados, município da Baixada Fluminense, um policial foi executado. O carro em que ele estava teve os vidros dianteiros atingidos por pelo menos 13 tiros.

Há a suspeita de que ele integrasse um grupo de milicianos na região. O Rio atingiu a marca de 100 policiais mortos em agosto deste ano. O centésimo morto foi um sargento que teria sido vítima de um latrocínio. Ele teria reagido a um assalto em São João de Meriti, na Baixada.

As circunstâncias em que o sargento foi baleado parecem ser típicas dos PMs mortos no Estado: fora de serviço, no final de semana e na Baixada, região que concentra muitas dessas mortes. (Folhapress)

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