Com classificação praticamente assegurada no jogo de ida -vitória por 5 a 0 em Portugal-, o Liverpool foi conservador nesta terça-feira (6) e avançou às quartas de final da Liga dos Campeões com um empate por 0 a 0 com o Porto. Realizado em Anfield, o confronto foi dominado pelos ingleses, que começaram o jogo sem suas principais estrelas e ainda assim foram superiores criando as melhores chances de gol que, no fim, não fizeram falta.
O sorteio das quartas de final será somente na sexta-feira da próxima semana (16), já que as oitavas só terão seus vencedores definidos após as partidas dos dias 13 e 14 de março. Uma vez em andamento, o sorteio não terá restrições de nacionalidade dos clubes ou posição na fase de grupos, podendo colocar o Liverpool contra qualquer um dos outros times que avançaram das oitavas.
O 5 a 0 no jogo de ida permitiu que o técnico Jürgen Klopp poupasse alguns de seus titulares para o duelo com o Porto. Artilheiro e craque do time na temporada, o egípcio Mohamed Salah começou o jogo no banco, assim como o zagueiro Dirk van Dijk, contratado em janeiro como o zagueiro mais caro da história do futebol.
Outros que receberam um descanso foram os laterais Trent Alexander-Arnold e Andrew Robertson.
Artilheiro do Liverpool na Liga dos Campeões, com sete gols, o brasileiro Roberto Firmino foi titular diante do Porto, mas teve uma atuação discreta para seus padrões. Em parte por conta do ritmo mais lento apresentado pela equipe, o camisa 9 participou de apenas um lance perigoso: aos 14min do segundo tempo, ele recebeu na área, fintou o zagueiro Felipe e finalizou. Mesmo caído, o defensor ex-Corinthians se recuperou na jogada e bloqueou o chute. Três minutos depois, Firmino foi substituído por Danny Ings.
Mesmo com as ausências citadas acima, o Liverpool foi quem mandou no jogo em Anfield. A equipe inglesa teve mais posse de bola e criou mais chances de gol, tendo em Sadio Mané seu jogador mais perigoso. O senegalês teve duas oportunidades para marcar na etapa inicial, primeiro mandando um voleio por cima do gol de Casillas e depois acertando a trave do goleiro espanhol. Ainda assim, a intensidade apresentada pelo time da casa foi menor do que a de costume.
O segundo tempo foi semelhante, com o Liverpool controlando a bola e chegando com perigo à meta de Casillas. O goleiro espanhol teve uma noite inspirada, realizando uma grande defesa em cabeçada de Ings já perto do fim da partida, além de mostrar segurança em outras finalizações menos perigosas.
Com uma desvantagem praticamente irreversível, o Porto teve uma postura conservadora em Anfield. Em vez de partir para cima atrás de uma improvável virada, os portugueses se fecharam e buscaram desarmes e saídas rápidas na direção do gol adversário.
Apesar de dar alguns sustos nos anfitriões, a estratégia não teve efeito prático, já que o Porto não finalizou só uma vez no primeiro tempo, sem acertar o alvo. Os portugueses até foram mais produtivos na etapa complementar, mas forçaram somente uma defesa de Karius, que mal precisou mostrar serviço.
LIVERPOOL
Karius; Gomez, Lovren, Matip, Alberto Moreno; Henderson, Milner, Emre Can (Klavan); Mané (Salah), Firmino (Ings), Lallana. T.: Jürgen Klopp
PORTO
Casillas; Maxi Pereira, Felipe, Reyyes, Diogo Dalot; Bruno Costa, Óliver, André (Sérgio Oliveira), Corona; Aboubakar (Gonçalo Paciência), Waris (Ricardo). T.: Sergio Conceição
Local: Anfield, em Liverpool (Inglaterra)
Cartões amarelos: Henderson (Liverpool); André e Diogo Dalot (Porto)
Juiz: Felix Zwayer (ALE)
Leia mais sobre: Esportes
