09 de janeiro de 2025
Indicativo • atualizado em 08/01/2025 às 19:42

Com salários atrasados, servidores da Saúde de Aparecida deliberam sobre greve a partir desta quinta (9)

O Sindsaúde vai realizar assembleia de indicativo de greve a fim de promover uma nova tentativa de negociação com a Prefeitura de Aparecida, que declarou dívida de quase R$ 400 milhões
Sindsaúde convocou assembleia para deliberação sobre o indicativo de greve. Foto: Sindsaúde
Sindsaúde convocou assembleia para deliberação sobre o indicativo de greve. Foto: Sindsaúde

Com os salários de dezembro atrasados, os servidores da Saúde de Aparecida de Goiânia ameaçam fazer paralisação. O Sindsaúde promoverá uma assembleia nesta quinta-feira (9) com indicativo de greve e se reunirão em frente à sede da Prefeitura, a partir das 9h. O prefeito Leandro Vilela (MDB) alega não ter recursos em caixa para negociação.

De acordo com o Sindsaúde, há pouco mais de um mês sem receber, os servidores municipais relatam situações como a dificuldade em comprar alimentos, despejo por atraso no aluguel, falta de dinheiro para pagar passagens de ônibus e também para abastecer os veículos próprios. Além do atraso nos pagamentos, os trabalhadores alegam atraso de um ano na progressão dentro do Plano de Carreiras.

Tratativas

Na última terça-feira (7), o sindicato convocou os servidores da Saúde para tratar dos problemas de pagamento. Na reunião, uma comissão foi escolhida para dialogar com a prefeitura. A diretora do Sindsaúde, Flaviana Alves, e o diretor do Sindsaúde e deputado estadual, Mauro Rubem, se reuniram com o vice-prefeito João Campos (Podemos).

Apesar da tentativa de diálogo e negociação, Campos alegou que não há dinheiro suficiente em caixa para regularizar os pagamentos por agora. No entanto, o Sindsaúde afirma que apresentou inúmeras propostas de como e com quais recursos esse pagamento poderia ser feito.

Conforme o sindicato, a partir da reunião, a Prefeitura prometeu que tentará avaliar uma nova proposta de pagamento na quinta-feira (9), dia em que acontecerá uma nova assembleia com os trabalhadores para deliberar a greve, com base no diálogo inicial. A expectativa do Sindsaúde é de que os servidores da Saúde paralisem as atividades, caso a nova gestão não assegure o pagamento do salário.

O Diário de Goiás entrou em contato com a Prefeitura de Aparecida para saber das possibilidades de negociação com os servidores da Saúde de modo a evitar a iminente greve, no entanto, não obteve retorno das medidas até o fechamento da matéria. O espaço permanece aberto.

Sem verba para negociação

Durante o lançamento da força-tarefa de recuperação das ruas e avenidas de Aparecida, nesta quarta-feira (8), o prefeito Leandro Vilela reiterou que o ex-prefeito Vilmar Mariano não cumpriu os pagamentos da folha de dezembro e ainda deixou a cidade com rombo de quase R$ 400 milhões.

O prefeito pediu a compreensão dos servidores municipais. “Eu quero pedir a compreensão desses servidores porque é uma herança deixada e herdada. Eu sei da necessidade, porém foi deixado um rombo de 400 milhões de reais, era 300 milhões, ontem apareceu mais 95 milhões”, disse Vilela.

De acordo com ele, Vilmar deu preferência a outros pagamentos em detrimento da quitação dos salários. “O ex-prefeito Vilmar pagou R$ 135 milhões a fornecedores com receita de dezembro e não pagou aos servidores o salário”, pontuou.

Por fim, afirmou que não há previsão para a regularização dos pagamentos, mas prometeu que, assim que entrar a verba, a quitação da folha de dezembro será prioridade. “Não temos recursos em caixa, infelizmente. Mas, assim que for entrando os recursos, nós vamos fazer um cronograma e vamos pagar. É fato. Nós vamos pagar e nós vamos honrar com os servidores”, garantiu, ao acrescentar que isso será “prioridade número um da gestão”.


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