O governador Ronaldo Caiado prometeu enviar na segunda-feira (21) a proposta de reforma da Previdência estadual. De acordo com dados do governo, o déficit previdenciário chegará ao fim do ano com R$ 2.9 bilhões. O cálculo inclui servidores civis e militares do Executivo. Todos os meses são retirados do Tesouro Estadual aproximadamente R$ 230 milhões para cobrir o prejuízo.
No balanço apresentado pelo governo, o rombo, dividido com a população total do estado (de quase 7 milhões), custa R$ 411, 60 para cada cidadão goiano. Se o valor for dividido apenas pelos economicamente ativos, o custo sobe para R$ 682,60. Em 10 anos, se as regras não mudarem, a projeção aponta que cada contribuinte em Goiás terá que arcar com R$ 6.185,50. Para os da ativa, o prejuízo seria de R$ 10.257,90.
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Os dados apontam a insustentabilidade das atuais regras de aposentaria de servidores no estado. O número de servidores inativos, em 66 mil atualmente, já ultrapassou os da ativa, que são 63 mil. Há 15 anos, por exemplo, eram 80 mil ativos e 38 mil inativos. Segundo as estatísticas, a idade média de aposentadoria no estado é de 57 anos.
O governo informou que em 10 anos, 5,6 mil militares poderão pedir aposentadoria, o que representa 34% dos quadros atuais de Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Entre os civis, o número daqueles que estarão aptos a se aposentar no mesmo período é de 24,6 mil, o que representa 44% do total dos ativos.Outro dado que chama atenção é que existem 9 mil servidores inativos que jamais contribuíram e recebem benefício médio de R$ 6 mil.
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Diante deste cenário, em entrevista na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), nesta quarta-feira (16), Caiado disse que não pode mais esperar. Ele também relatou que é possível que os municípios entrem no projeto.
“Hoje o buraco é de quase R$ 3 bilhões. Daqui dez anos será de R$ 6 bilhões. Eu não vou esperar que Goiás chegar no quadro que se assemelha ao Rio de Janeiro e ao Rio Grande do Sul. E, com a responsabilidade que tenho, sei que somos o primeiro estado no Brasil, vou apresentar a proposta de reforma da Previdência. O presidente da Federação dos Municípios (Haroldo Naves) acaba de me solicitar também a inclusão de municípios. Da minha parte não terá menor dificuldade. Isto aí fica a critério da inclusão a um apoiamento a uma demanda dos prefeitos e caberá aos deputados estaduais avaliar a situação na Assembleia Legislativa”, afirmou.
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