11 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 12/02/2020 às 23:52

Com pagamentos em dia, Maguito Vilela minimiza efeitos de crise

Maguito Vilela (PMDB) fez visita a várias obras no final de semana em Aparecida de Goiânia
Maguito Vilela (PMDB) fez visita a várias obras no final de semana em Aparecida de Goiânia

Apesar das reclamações da maioria dos gestores municipais goianos sobre as dificuldades de manter a administração neste ano devido à crise econômica do país, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), afirmou em entrevista à Rádio 730 que o município não teve muitos problemas financeiros.

“2015 não foi um ano fácil, mas aqueles que tiveram as rédeas nas mãos, os pés no chão, conseguiram transpor 2015 ou estão conseguindo com certa tranquilidade. Desculpa a modéstia, mas Aparecida está com tudo em dia. Os empresários, os fornecedores, os funcionários públicos, já pagamos 13º. Então, nós estamos fechando o ano com tudo acertado e animados para o ano que vem”, disse.

Questionado sobre a instabilidade em Brasília, com as manifestações e abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que poderia dificultar a adesão de recursos federais, Maguito explicou que não teve grandes problemas.

“Prejudicou em termos, mas nós conseguimos. Todos os recursos que estavam previstos para Aparecida nós conseguimos viabilizar. O segredo em Brasília e qualquer lugar do mundo é bons projetos. Com projetos convincentes você tem recurso”, ressaltou Maguito.

Confira parte da entrevista:

Rubens Salomão: 2015 foi muito difícil para gerir Aparecida de Goiânia?

Maguito Vilela: Sem dúvida nenhuma, foi difícil para todo mundo. 2015 não foi um ano fácil, mas aqueles que tiveram as rédeas nas mãos, os pés no chão, eles conseguiram naturalmente transpor 2015 ou estão conseguindo com uma certa tranquilidade. Desculpa a modéstia, mas Aparecida está com tudo em dia, os empresários, os fornecedores, os funcionários públicos, já pagamos 13º, já pagamos novembro e vamos pagar dezembro dentro de três ou quatro dias. Então, nós estamos fechando o ano com tudo acertado e naturalmente animados para o ano que vem.

Rubens Salomão: A instabilidade em Brasília não prejudicou a captação de recursos em Aparecida?

Maguito Vilela: Não, prejudicou em termos, mas nós conseguimos, todos os recursos que estavam previstos para Aparecida, nós conseguimos viabilizar. E os recursos próprios que nós sempre administramos com quatro mãos e com muita seriedade, de forma que tudo isso junto fez com que nós atravessássemos esse vendaval com facilidade.

Cleber Ferreira: Como funcionou a coisa, é o fato de o município ter uma secretaria especial para captação de recursos, projetos especiais, é o seu prestígio pessoal em Brasília, é a aproximação do senhor com o ex-presidente Lula, com a presidente Dilma Rousseff… Porque Aparecida tem recursos e as cidades estão reclamando que os recursos federais não vêm? Qual é a receita?

Maguito Vilela: É o que você disse, eu criei uma secretaria de contratos e convênios só para captar recursos em Brasília. E essa secretaria funciona com engenheiros, arquitetos, administradores de empresas, economistas que fazem os projetos corretos. O segredo em Brasília e qualquer lugar do mundo é bons projetos, projetos convincentes. Com projetos convincentes você tem recurso. Eu não consegui só em Brasília, consegui com Bancos, Banco do Brasil, com a Caixa Econômica Federal. Bons projetos e que convençam realmente as instituições financeiras, você consegue recurso. E você conseguindo bons recursos e aplicando bem, você tem o retorno praticamente imediato. Quando você asfalta um bairro, chega o supermercado, o salão de beleza, o açougue, outros empreendimentos e o bairro passa a pagar mais imposto, automaticamente ele paga o asfalto que foi feito. E o segredo: eu já asfaltei mais de 110 bairros e nunca cobrei um centavo de asfalto nenhum. E a própria população através da evolução dos bairros asfaltados ele se paga. Então, é interessante. O dinheiro você consegue com bons projetos e os bons projetos pagam a dívida que você faz.

Cleber Ferreira: Aquele negócio de mandar pão de queijo para a presidente ajuda? Porque eu vou pegar especificamente a área da saúde, se tem dinheiro para a saúde e se tem uma rede atendendo a saúde. O senhor não tinha. Até tem agora. E vem dinheiro agora. Como funciona? O senhor podia ensinar a outros prefeitos.

Maguito Vilela: É lógico que a presidente gosta muito de pão de queijo e bolo de milho, e a gente consegue com as senhoras que fazem bem em Aparecida a gente leva e tal, é uma negociação de amizade, carinho da cidade. Mas o problema não é esse. É convencer. Como você entende uma das maiores cidades do Brasil, fora as capitais, Aparecida está entre as 19 maiores cidades do Brasil. Como é que você vai entender uma cidade dessa sem asfalto, sem esgoto, sem água tratada, sem habitação, sem escola, sem creche, sem unidade de saúde. Não tinha nada disso. Aí eu consegui 43 creches, reformar todas as escolas, construir. Sabe quantos ginásios de esportes eu vou completar hoje em Aparecida (22-12), vou inaugurar o 26º ginásio de esporte de Aparecida. Pouquíssimas pessoas sabem disso, mas no Brasil nenhuma cidade conseguiu fazer 26 ginásios de esporte cobertos, e nós conseguimos. Porque? Convencendo que tem milhares de crianças fazendo educação física no sol e na chuva e que isso prejudica a saúde e fica muito mais caro para o governo tratar da saúde de crianças do que dar a elas uma qualidade de vida através de ginásios cobertos. Então, você tem que convencer, que argumentar, que apresentar bons projetos e ir atrás. Eu vou a Brasília toda semana. Às vezes vou duas vezes por semana. Dinheiro não cai do céu, as nuvens não te mandam dinheiro. O que te manda dinheiro é o Ministério da Fazenda, do Planejamento, é você comprovando que está correto no seu pleito, as instituições financeiras. Então, você faz as obras bem-feitas, mostra tudo isso para o pessoal, convence de que ali você aplica bem o recurso em favor do povo e é lógico que as instituições que têm dinheiro para emprestar, por exemplo, a longo prazo, querem emprestar para as cidades dessa natureza, que precisam e que a população realmente corresponde.

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