19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:29

Com novo bloqueio, Rio interrompe pagamento de salários de outubro

Um novo bloqueio nas contas do Rio levou o governo a suspender o pagamento aos servidores estaduais da última parcela dos salários de outubro.

O bloqueio de R$ 302 milhões foi feito a pedido da União pelo não pagamento de dívidas do Estado.

De acordo com a Secretaria de Fazenda, o bloqueio deixou o estado sem dinheiro e ainda falta depositar R$ 65 milhões para concluir a folha de outubro.

O valor corresponde ao pagamento de 2% da folha salarial do estado.

Em entrevista na manhã desta segunda (5), antes da notícia sobre o bloqueio, o secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa, disse que o estado já havia conseguido equacionar os salários de outubro e agora buscava meios para pagar a folha de novembro.

Ele não quis comentar sobre a possibilidade de pagamento de dezembro e do décimo terceiro ainda em 2016. “Estamos buscando ainda liquidar o mês de novembro”, afirmou Barbosa, após debate na Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).

O secretário disse ainda que o estado estuda alternativas para complementar a receita nos próximos anos, diante da rejeição à contribuição previdenciária extraordinária proposta pelo governador Luiz Fernando Pezão.

A medida respondia por quase metade da receita prevista no pacote anticrise apresentado pelo governador Luiz Fernando Pezão, mas foi rejeitada pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) após protestos dos servidores.

“A arrecadação hoje não é suficiente para cobrir todas as despesas do estado”, justificou, sem detalhar quais seriam as alternativas.

O pacote começa a ser votado na Alerj nesta terça (7). Ainda há previsão de aumento da contribuição previdenciária, mas de 11% para 14% -e não os 30% pedidos por Pezão.

Barbosa disse que as medidas que estão na Alerj ainda levarão tempo para surtir efeito porque demandam um prazo mínimo para entrar em vigor.

“Já falei isso e vou repetir: 2017 vai ser um ano mais duro do que 2016”, alertou o secretário.

Folhapress

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