21 de dezembro de 2024
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Com mais de um milhão de goianos sem cobertura vacinal completa, festas de fim de ano preocupam Saúde em Goiás

Festas de fim de ano e baixa cobertura vacinal, preocupa Flúvia Amorim (Foto: Reprodução)
Festas de fim de ano e baixa cobertura vacinal, preocupa Flúvia Amorim (Foto: Reprodução)

Próximo de um milhão e meio das pessoas que não completaram o ciclo vacinal com a segunda dose da vacina contra Covid-19 ou que sequer se imunizaram com a primeira aplicação do imunizante, as festas de fim de ano preocupam os técnicos da Secretaria de Estado de Saúde em Goiás. Goiânia, por exemplo, tem apenas 57,2% da população completamente imunizada, distantes do ideal de 70% para que haja possibilidade de concessão dos protocolos.

Os números foram revelados pela superintendente de Vigilância da SES-GO, Flúvia Amorim em entrevista ao editor-geral do Diário de Goiás e apresentador do Jornal Bandeirantes, na manhã desta terça-feira (23/11). Segundo ela, 950 mil pessoas que estão com a segunda dose da vacina em atraso e aproximadamente 500 mil que não tomaram nenhuma dose. “Temos que aumentar a cobertura vacinal e manter os protocolos, principalmente, do uso de máscara, distanciamento e dar preferência se for aglomerar em locais abertos, com ventilação”, explica.

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Ela destaca que é urgente que a imunização acelere, haja vista o estrago que as festas de fim de ano podem provocar. “É um momento que as pessoas se aglomeram mais. Principalmente, no Réveillon onde se tem as grandes festas e eventos. Precisamos alcançar o máximo de cobertura vacinal para ter um pós-festas de fim de ano mais tranquilos. Senão, corremos um risco enorme”, pondera. 

Flúvia destaca ser importante pegar como exemplo – bom ou ruins – o modelo de países do Velho Continente. “Europa teve um verão sem exigir protocolos e agora eles estão colhendo os frutos do que tiveram no verão e que a gente não repita o mesmo erro aqui”. Por isso, não é o momento para baixar a guarda e nem flexibilizar o uso de máscaras. “Geralmente, o que acontece lá [na Europa], acontece aqui depois de dois ou três meses como vimos na primeira e segunda onda. Que isso não sirva de exemplo que não deve ser repetido. Um dos erros que vimos nos países europeus, foi a retirada precoce dos protocolos e agora estão tendo de retroceder nessas ações e aumentar inclusive as restrições, alguns países implantando novamente o lockdown como estamos vendo na Áustria e outros países”, ponderou.

Amorim destaca que é preciso compreensão das pessoas para atingir os 70% ideal para as devidas flexibilizações. “Nós fizemos uma reunião com os gestores municipais na semana passada. Nessa reunião, definimos junto com os gestores municipais que os 70% seriam o mínimo necessário para se iniciar uma discussão para retirada de máscaras em local aberto e sem aglomeração”, explicou.


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