Começou sua Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, prometeu uma goleada, mas certamente não vai reclamar de vencer a Austrália por 3 a 1, nesta sexta-feira, em Cuiabá.
Num Grupo B em que também estão Espanha e Holanda, pode ser que uma vitória mais elástica fosse mais tranquilizadora. Para um país, no entanto, que chegou apenas ao seu décimo triunfo na história dos Mundiais e que teve dificuldades sérias no segundo tempo, os três pontos devem ser comemorados.
Com a seleção de Jorge Sampaoli, é tudo uma questão de ocupação de espaços. São muitos jogadores baixos – comparando com a média australiana, por exemplo –, mas de intensa movimentação e flexibilidade. Um pode cobrir o outro num rodízio interessante.
O começo de jogo foi dominante para os sul-americanos, que praticamente jogavam em casa, com uma torcida numerosa e barulhenta, fazendo da capital mato-grossense algo parecida com Santiago. Nem que fosse por 90 e poucos minutos, a começar pelo espetáculo que deram no hino nacional, também cantando à capela.
A combinação do dinamismo do time e do apoio das arquibancas foi decisiva no primeiro tempo. Os chilenos dominaram a posse de bola, com toques rápidos e se aproximaram da área com facilidade. Parecia que viria uma goleada. Mas é difícil sustentar esse ritmo por muitos minutos. Ao final da etapa inicial, Tim Cahill, sempre de cabeça, diminuiu, para marcar seu 33º gol pelos Soccerros, dos quais é o artilheiro histórico.
No segundo tempo, porém, o panorama virou. A presença física dos australianos começou a ser preponderante. Com a bola no chão, porém, não conseguiram o empate. No finalzinho, veio o gol do alívio para o Chile que, desta forma, assume o segundo lugar do grupo, tendo a Espanha pela frente na próxima rodada. Aí, um adversário de características mais parecidas, pressionado depois da goleada sofrida contra a Holanda. No qual a intensidade dos sul-americanos provavelmente não poderá baixar.
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