Esticando a passagem pelo Brasil, após se apresentar com o Pearl Jam no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, e no segundo dia do festival Lollapalooza, em São Paulo, Eddie Vedder, 53, brinda os fãs com sua apresentação solo.
Em shows com ingressos esgotados, o americano canta e toca seu ukulele em três datas -todas com ingressos esgotados- na capital paulista desta quarta (28) até sexta (30).
Esta é a segunda vez que Vedder canta sem sua banda no Brasil. A primeira passagem foi no mesmo Citibank Hall, em 2014. De novo, a abertura fica por conta do irlandês Glen Hansard.
No repertório, o cantor mescla as pesadas canções da banda grunge, como “Porch”, apenas no violão e na sua voz inconfundível, com músicas dos álbuns “Ukulele Songs” (2011), “Water on The Road” (2011) e “Into the Wild” (2007).
Recluso, Vedder -assim como os outros integrantes do Pearl Jam- não é chegado a falar com a imprensa. Suas apresentações, entretanto, dão o tom de suas opiniões políticas e de sua militância.
O recém-lançado single da banda grunge, “Can’t Deny Me”, por exemplo, é um protesto contra o presidente americano Donald Trump. “Tem uma coisa boa que acontece quando seu país tem um líder terrível: isso faz com que as pessoas se deem conta de que precisam se unir e tornar-se os líderes”, disse o cantor durante o mais recente show do Pearl Jam no Rio.
Com os fãs, no entanto, Vedder é só alegria. Durante sua passagem no Brasil, o americano recebeu com simpatia quem o esperava nas entradas dos hotéis da rede Fasano, em São Paulo e no Rio.
“O segurança dele desceu antes, pediu para ficarmos ombro a ombro porque ele [Vedder] iria falar com a gente. ‘Tem cem mil pessoas esperando por ele no Lolla, vocês são um grupo pequeno, então sintam-se privilegiados. Ele vai falar com todos, mas guardem os celulares, ele não fará fotos nem dará autógrafos’, disse”. O relato é de Michelle Kori, uma das “privilegiadas” que viu o ídolo de perto antes de sua apresentação no Lollapalooza.
Segundo Kori, Vedder agradeceu a presença de todos e distribuiu abraços. “Eu disse que irei vê-lo na sexta [no show solo, em São Paulo] e ele ‘all right thank you’ [‘certo, obrigado’, em tradução livre]. Uma moça do meu lado disse que a mãe também gostava dele. Ele respondeu ‘fala que mandei um oi para ela’.”
Dias antes, no Rio, o vocalista do Pearl Jam também atendeu aos fãs na entrada do hotel. “Do nada surgiu o Eddie, com muita calma e serenidade. E então ele veio na minha direção sorrindo, bem calminho. Foi apertando a mão do pessoal que estava a minha esquerda e então parou na minha frente”, conta a professora de inglês Luísa Rezende.
“Falei bem baixinho e muito nervosa que gostaria de tirar uma foto com ele, ele deu um sorrisinho. Ele segurou minha mão para apertar e perguntou meu nome. Eu disse meu nome e ele continuou a segurar minha mão e com a outra foi apertando a mão de outros fãs a minha esquerda. Depois ele falou para mim ‘vamos tirar uma foto Luísa’ e veio imediatamente com o rosto do ladinho do meu”, completa a fã. (Folhapress)
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