Por Raphael Ramos
Bastante desfalcado, inclusive do seu técnico Fernando Diniz que cumpriu suspensão nesta terça-feira, o Santos fez uma partida justa contra o Athletico-PR, na Vila Belmiro, e venceu por 2 a 1. O resultado faz o time respirar mais aliviado no Campeonato Brasileiro depois de dois resultados ruins (empate com o Sport e derrota para o América-MG). Agora, é o sexto colocado, com 15 pontos.
Nesta terça-feira, o time não teve Pará, Felipe Jonatan, Luan Peres (negociado com o Olympique de Marselha), Alison e Kaio Jorge. Mesmo assim, se portou bem diante de uma das principais equipes desse início de Brasileirão. Com exceção do começo do jogo e dos minutos finais da partida, a equipe teve uma atuação bastante segura.
A vitória renova o ânimo da equipe para o clássico de sábado, contra o Palmeiras, no Allianz Parque.
Após um início irregular, o Santos melhorou no jogo a partir dos 20 minutos e, após duas boas oportunidades com Gabriel Pirani, o gol saiu aos 30 com Marcos Guilherme. A jogada começou com uma bomba de Marinho de fora da área, que o goleiro rebateu. Madson aproveitou e rolou a bola para o meio, onde estava Marcos Guilherme para abrir o placar.
Depois do gol, no entanto, o Santos relaxou e deu campo de jogo para o Athletico-PR. O castigo veio no finzinho do primeiro tempo, aos 45 minutos. Em jogada de velocidade pela esquerda, Abner ganhou a disputa pelo alto e Vitinho fez o cruzamento para Fernando Canesin bater de primeira sem chances para o goleiro.
Logo no início do segundo tempo, o Santos retomou a vantagem no placar mais devido a uma infelicidade do Athletico-PR do que por mérito da equipe. Aos quatro minutos, Pirani fez o cruzamento fraco e Zé Ivaldo acabou mandando a bola contra a própria meta.
Assim como já havia ocorrido no primeiro tempo, o Santos, mais uma vez, voltou a recuar demais a marcação, chamando o Athletico-PR para o seu campo de jogo. A aposta era atrair o adversário para tentar sair no contra-ataque quando recuperasse a bola.
O problema é que o rubro-negro não dava muito espaço ao Santos. A equipe paranaense controlava a posse de bola e rondava a área com perigo. Melhor para o Santos que faltava força e qualidade ao time paranaense para concluir as jogadas. Assim, o domínio era estéril.
PRESSÃO – Somente aos 34 minutos é que o Athletico-PR criou uma chance clara de gol. Terans, no entanto, não conseguiu pegar em cheio na bola. O time de Curitiba insistia demais nas jogadas pelo alto, o que facilitava o trabalho dos defensores do Santos. A equipe paranaense era previsível, com uma única jogada, sempre nas bolas aéreas.
Aos 47 minutos, o juiz chegou a marcar um pênalti a favor do Santos. Depois de lance confuso dentro da área, a arbitragem viu a bola tocar na mão de Thiago Heleno. O lance, no entanto, foi revisado pelo VAR (árbitro de vídeo), que anulou a penalidade após as imagens mostrarem que o zagueiro, na verdade, tirou a bola com o próprio rosto e não com as mãos.
O Santos, no entanto, nem precisou do pênalti para sacramentar a vitória e segurou a vantagem até o apito final.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS 2 x 1 ATHLETICO-PR
SANTOS – João Paulo; Madson, Luiz Felipe, Kaiky e Moraes; Camacho, Jean Mota (Vinicius Balieiro) e Gabriel Pirani (Carlos Sánchez); Lucas Braga (Vinicius Zanocelo), Marcos Guilherme (Marcos Leonardo) e Marinho (Ângelo). Técnico: Eduardo Zuma (auxiliar).
ATHLETICO-PR – Santos; Thiago Heleno, Pedro Henrique e Zé Ivaldo (Nikão); Marcinho (Khellven), Richard, Christian (Leo Cittadini) e Abner; Vitinho, Matheus Babi (Renato Kayzer) e Canesin (Terans). Técnico: António Oliveira.
GOLS – Marcos Guilherme, aos 10, e Canesin, aos 45 minutos do primeiro tempo. Zé Ivaldo (contra), aos 4 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Kaiky, Luiz Felipe, Thiago Heleno, Renato Kayzer.
ÁRBITRO – Vinicius Gomes do Amaral (RS).
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.
LOCAL – Vila Belmiro, em Santos (SP).
(Conteúdo Estadão)
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