Spa – Depois de um susto na Hungria, a Mercedes voltou a dar as cartas na Fórmula 1 neste domingo, no GP da Bélgica, ao conseguir mais uma dobradinha na temporada. A vitória ficou com Lewis Hamilton, que sobrou no circuito de Spa-Francorchamps e liderou de ponta a ponta, seguido por seu companheiro de equipe, Nico Rosberg. Romain Grosjean foi o terceiro.
A vitória deu ainda mais tranquilidade a Hamilton, líder disparado do Mundial de Pilotos e cada vez mais perto do tricampeonato. Ele chegou aos 227 pontos neste domingo, seguido por Rosberg, que tem 199, e Vettel, único a ameaçar a hegemonia da Ferrari com 160 pontos.
Após cravar sua décima pole em 11 provas na atual temporada, Hamilton teve extrema tranquilidade na prova deste domingo, liderou durante todo o percurso e já na metade da corrida sua vitória parecia certa. Rosberg, por sua vez, sofreu, chegou a cair para quinto, mas se recuperou. Já Vettel fez ótima prova de recuperação e se aproveitava da estratégia da Ferrari de uma parada a menos para subir ao pódio até a penúltima volta, quando seu pneu estourou.
O novo sistema de largadas da Fórmula 1, que dá muito mais responsabilidade aos pilotos, causou algumas mudanças logo na saída, mas nada que assustasse Hamilton. Quem se deu melhor foi o mexicano Sergio Pérez, que saltou para a segunda colocação, fez boa prova e terminou em quinto.
O maior destaque do dia, no entanto, foi Grosjean. Depois de largar em nono, atrapalhado por uma punição, o piloto da Lotus não se abateu e, em dia inspirado, conseguiu as ultrapassagens necessárias, além de contar com a sorte no abandono de Vettel, para voltar ao pódio.
Já os brasileiros não estiveram em seus melhores dias. Ambos sofreram com o novo sistema de largadas. Felipe Massa chegou a cair para nono, mas se recuperou bem e terminou na sexta posição, subindo para 82 pontos. Já Felipe Nasr chegou a ficar em 16.º após a saída, mas terminou em 11.º, estacionando nos 16 pontos.
A CORRIDA – Antes mesmo da prova começar, Kimi Raikkonen deu sinais de que não teria dia fácil, ao ser atrapalhado por uma punição e ter que largar em 17.º. A largada, aliás, foi um capítulo à parte, com muitas mudanças de posição. O próprio Raikkonen foi um dos beneficiados, subindo para 11.º, assim como Daniel Ricciardo, que chegou a ser terceiro. Rosberg, no entanto, saiu muito mal e caiu para quinto.
Na ponta, Sergio Pérez chegou a ameaçar Hamilton, mas o inglês manteve a primeira colocação. Daí para frente, a prova seria um verdadeiro passeio para o piloto da Mercedes, que abriu vantagem logo nas primeiras voltas e praticamente confirmou a vitória ali.
Rosberg, por sua vez, precisou contar com o bom trabalho da Mercedes nos boxes para recuperar a segunda colocação. Também por conta da equipe, Vettel ganhou posições e passou a maior parte da prova em terceiro, até a penúltima volta, quando seu pneu acusou o desgaste, estourou e deixou o alemão na mão.
O pódio caiu no colo do Grosjean, que chegou a ser ameaçado por Ricciardo no início da corrida, mas, novamente, contou com a sorte. O australiano da Red Bull vinha bem na prova quando precisou abandonar por conta de um problema no carro, que parou na entrada dos boxes, ocasionando o Safety Car virtual.
Foi neste momento que os pilotos aproveitaram para irem aos boxes e a prova praticamente se definiu. Na reta final, Massa ainda ameaçou uma pressão sobre Pérez e chegou a incomodar o mexicano, que, por sua vez, segurou bem a quinta colocação.
O destaque negativo ficou por conta da equipe do brasileiro, a Williams, que cometeu erro bizarro com seu outro piloto. Em uma das paradas, colocou três pneus macios e um médio no carro de Valtteri Bottas. Além do prejuízo natural causado pela instabilidade, o finlandês foi punido pela direção de prova e precisou passar pelos boxes. Assim, saiu da briga pelas primeiras posições e terminou em nono.
Confira a classificação final do GP da Bélgica:
1) Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) – 43 voltas em 1h23min40s387
2) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – a 2s058
3) Romain Grosjean (FRA/Lotus) – a 37s988
4) Daniil Kvyat (RUS/Red Bull) – a 45s692
5) Sergio Perez (MEX/Force India) – a 53s997
6) Felipe Massa (BRA/Williams) – a 55s283
7) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) – a 55s703
8) Max Verstappen (HOL/Toro Rosso) – a 56s076
9) Valtteri Bottas (FIN/Williams) – a 1min01s040
10) Marcus Ericsson (SUE/Sauber) – a 1min31s234
11) Felipe Nasr (BRA/Sauber) – a 1min42s311
12) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) – a 1 volta
13) Fernando Alonso (ESP/McLaren) – a 1 volta
14) Jenson Button (GBR/McLaren) – a 1 volta
15) Roberto Merhi (ESP/Marussia) – a 1 volta
16) Will Stevens (GBR/Marussia) – a 1 volta
Não completaram:
Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso)
Pastor Maldonado (VEN/Lotus)
Nico Hulkenberg (ALE/Force India)
Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull)
(Estadão Conteúdo)
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